TAP: Sindicato acusa Governo de “leviandade” e “precipitação” na escolha do representante

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e dos Aeroportos (SITAVA) decidiu, uma vez já escolhido o nome de João Duarte para representar os trabalhadores no Conselho de Administração, tecer os comentários devidos sobre este processo.

O SITAVA acusa a tutela de “precipitação” e “leviandade” , tendo em conta que as estruturas de colaboradores da TAP tiveram muito pouco tempo para escolher o seu representante.

Parece “até que se tinham lembrado disto na véspera. Lançado a 20, para apresentar candidatos até 27, com um fim de semana de permeio. Validação das mesmas e votação a 3 de junho, ainda por cima dia feriado, resultou numa iniciativa que, seguramente, foi o processo eleitoral mais rápido de sempre e, assim sendo, só por mero acaso poderia correr bem”, sublinha o comunicado.

“Esta decisão diz bem da leviandade com que foi lançado o processo. Obviamente que quem decidiu demonstra muito pouco conhecimento da realidade existente nestas empresas”, acrescenta o sindicato.

O SITAVA ressalva ainda que o facto de “ter decidido participar neste processo não encerra, em si próprio, um apoio incondicional a esta ideia de os trabalhadores elegerem um administrador. Se daqui não virá, por si só, mal ao mundo”.

Para o sindicato, “pode, no entanto, ser mal avaliado, induzir nos trabalhadores a ideia que, de algum modo, estão a participar na Administração da empresa, e isso tornar-se em fator inibidor de autonomia ou até de retração dos movimentos reivindicativos”.

Apesar de tudo, o SITAVA garante que esta eleição não vai diminuir a capacidade reivindicativa do sindicato, como aliás “se verá já no imediato, se a TAP insistir em avançar para um processo de despedimento coletivo”.

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