TAP: Pedro Nuno Santos vitimiza-se. “Ora nos criticam por injetar capital, ora por termos um plano de recuperação”
Durante a sua visita a Arruda dos Vinhos, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, foi questionado pelos jornalistas sobre o porquê de Miguel Frasquilho, que deu a cara pela restruturação da TAP, não continuar na nova administração na empresa.
“Miguel Frasquilho, como os outros administradores, fizeram um trabalho muito importante em nome do Estado e do país. O setor de aviação foi o mais atingido pela pandemia. Tivemos uma equipa que aguentou um processo duro de restruturação. O estado está agradecido”, sublinhou.
No entanto, o ministro lembra que “vamos entrar numa nova fase, com a aprovação, esperamos nós, do plano de recuperação, entramos num novo ciclo, não é um juízo negativo, é uma opção de forma refrescar a empresa com uma nova equipa”.
Esta semana, o próprio Miguel Frasquilho disse que, por ele, continuava na administração e que esta decisão partiu do Governo. A imprensa avançou então com a teoria de que teria havido uma “quebra na relação de confiança entre o ministro e o Presidente do Conselho de Administração”.
Relativamente ao processo do despedimento coletivo da TAP, Pedro Nuno Santos reconheceu “o impacto deste procedimento na vida dos trabalhadores”, mas pediu atenção para a posição do Governo, que a seu ver, “é criticado por injetar dinheiro, mas também o é por querer um plano de restruturação” que faça valer a pena esse dinheiro.
“Para não fazermos cortes salariais precisaríamos de injetar mais dinheiro. Estamos a tentar garantir um equilíbrio para salvar uma empresa que é talvez o maior exportador nacional”, concluiu.