Taiwan realiza novos exercícios de fogo real para simular defesa contra potencial invasão da China

As forças armadas de Taiwan realizam esta quinta-feira, dia 11 de agosto, novos exercícios de fogo real, que visam simular a defesa do país contra uma potencial invasão da China.

Os exercícios começaram na passada terça-feira e repetem-se hoje, após a China ter lançado, na semana passada, as suas maiores manobras militares em torno da ilha de Taiwan.

Esta ação chinesa surgiu em resposta a uma visita da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a mais importante figura política norte-americana a visitar a ilha em 25 anos.

Na quarta-feira, os militares da China disseram que “concluíram com sucesso” várias tarefas realizadas no estreito de Taiwan, após cerca de uma semana de exercícios.

Contudo, o Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular chinês revelou, na sua conta oficial no Weibo, que as tropas continuam atentas a mudanças de situação no estreito de Taiwan.

A par disso, de acordo com o mesmo comunicado ontem emitido, os militares chineses mantêm a realização de patrulhas regulares, bem como, de treino militar, de forma a estarem preparados para o combate.

A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que deve ser reunificada ao resto do território desde o fim da guerra civil chinesa de 1949, quando os nacionalistas perderam o conflito para os comunistas e refugiaram-se na ilha.

Ainda assim, da parte de Taiwan os exercícios que hoje se repetem não são qualquer tipo de retaliação. O exército do país disse na segunda-feira que as ações já estavam programadas e não constituíam uma resposta aos exercícios chineses em curso.

A ilha realiza regularmente exercícios militares a simular uma invasão chinesa e no mês passado efetuou manobras do mar, num cenário em que procurava repelir ataques numa “operação de interceção conjunta”, como parte dos seus grandes exercícios anuais.

(Com Lusa)

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