Surto de vírus do Nilo agrava-se em Espanha. Duas pessoas morreram em 24 horas
Uma mulher de 85 anos morreu esta sexta-feira, em Sevilha, devido ao vírus do Nilo Ocidental. É a segunda vítima mortal de uma doença causada por picadas de mosquitos que já infectou, no total, 38 pessoas, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde espanhol.
Há 23 doentes admitidos em centros hospitalares, dos quais sete permanecem em unidades de cuidados intensivos (UCI), de acordo com o jornal espanhol ‘El Mundo’.
Um homem de 77 anos, também residente em Sevilha, foi a primeira vítima mortal causada pelo surto, registada esta quinta-feira. Esteve internado numa UCI durante vários dias.
Segundo o ‘El Mundo’, este surto do vírus do Nilo é o maior alguma vez registado na Andaluzia, cuja capital é Sevilha.
Registou-se um aumento de 30% do número de mosquitos nas zonas húmidas do Parque Nacional de Doñana e do rio Guadalquivir, perto de La Puebla e Coria del Río, o que, por sua vez, afecta as populações locais.
O vírus do Nilo Ocidental é trasmitido às pessoas por picadas do mosquito Culex – um mosquito comum – e pode também afectar aves, cavalos e outros mamíferos.
Cerca de 80% das pessoas infectadas, segundo a Organização Mundial de Saúde, são assintomáticas, enquanto as restantes 20% apresentam sintomas e, no seu diagnóstico mais severo, resultam em encefalite ou meningite, o que pode levar a danos cerebrais e à morte.
Cerca de 1% das pessoas afectadas são aquelas com estes problemas mais graves e, nestas, a mortalidade afecta 10%.