Sondagem: Esquerda ultrapassa direita (sem Chega). Indecisos mais inclinados para o PS

Mesmo na reta final da campanha para as eleições legislativas de domingo, as últimas sondagens mostram que a Aliança Democrática ‘descolou’ definitivamente do PS, estando à frente dos socialistas nas intenções de voto por seis pontos percentuais. Ainda assim, a esquerda ultrapassa a direita, se não contarmos com o chega.

É o que revela a mais recente sondagem feita pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1. Se na semana passada esquerda e direita empatavam (blocos dos partidos que poderiam assegurar a governação tinham cada um 39%), agora a esquerda está com ligeiro avanço, com PS, BE, CDU e Livre a somar 41% das intenções de voto e AD e IL juntas a contarem 40%.

O Chega fica fora das contas, já que tanto Luís Montenegro, líder da AD, como Rui Rocha, da IL, têm recusado veementemente qualquer acordo com o Chega, enquanto o PAN admite que pode entender-se com a esquerda ou direita.

Ainda assim, há que ter em atenção a correspondência dos votos com a distribuição de deputados o que, segundo a análise, significaria que a esquerda não iria além de 96 lugares conquistados (mesmo com maioria dos votos), abaixo dos 98 parlamentares que a AD conquista no mesmo melhor cenário (com a AD seriam 108, ainda assim longe do mínimo de 116 que garante uma maioria absoluta).

Comparando com a sondagem feita há uma semana tando a AD como o PS subiram um ponto percentual (de 33% para 34% e de 27& para 28%, respetivamente). A IL e o BE mantém os 6% e 5%, enquanto a CDU regista um crescimento de 3% das intenções de voto para 5%. Os comunistas surgem à frente do Livre, que desceu para 3%, menos um ponto percentual, o mesmo que aconteceu ao PAN (de 2% para 1%).

Olhando possível distribuição de deputados com base nos resultados da sondagem, a AD conquistaria um entre 88 e 98 deputados, o PS entre 70 e 80, o Chega entre 33 e 41 parlamentares e a IL entra seis e 10. Já à esquerda, o BE poderia eleger entre 4 a 7 deputados, a CDU entre 4 e 6, o Livre 2 ou 3 e o PAN nenhum ou apenas um deputado (como atualmente tem).

Entre os eleitores entrevistados, que pretendem votar no domingo mas ainda estão indecisos, há uma tendência para o voto no PS. 40% antecipam como “provável” vir a votar nos socialistas, enquanto 8% dizem que é “muito provável” que o façam.

Entre os indecisos, 32% diz que é “provável” votar na AD e 11% “muito provável”. Segue-se a IL, com 28% a apontarem “provável” ou “muito provável” o voto nos liberais.

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