Só 1 em cada 3 portugueses está satisfeito com o salário que recebe

Apenas 35,3% dos colaboradores em Portugal estão satisfeitos com a sua compensação atual, de acordo com o mais recente estudo “O Estado da Compensação”, realizado pela Coverflex. Este dado evidencia um desalinhamento entre as expectativas dos trabalhadores e o que as empresas oferecem, numa altura em que a compensação é um fator decisivo para atrair e reter talento.

O estudo destaca o crescimento da adoção de benefícios entre os trabalhadores portugueses. Em 2024, 67,2% dos inquiridos confirmam ter acesso a benefícios, um aumento face aos 61% registados em 2023 e aos 56% em 2021. Este crescimento reflete a crescente adaptação das empresas às necessidades individuais dos seus colaboradores.

A flexibilidade no local e horário de trabalho é apontada como um fator determinante para a satisfação dos trabalhadores. Entre os colaboradores em regime remoto, 88,6% expressam elevados níveis de satisfação, comparado com 72,9% no regime híbrido e 51,5% no presencial. O horário flexível é também mais apreciado pelos trabalhadores remotos (88,4%), contrastando com os 52,9% no regime presencial.

Além disso, 39,9% dos trabalhadores presenciais referem trabalhar mais de oito horas por dia, face a 29,1% no regime híbrido e 25,6% no remoto, reforçando a ideia de que os modelos de trabalho mais flexíveis proporcionam um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Os benefícios flexíveis são considerados essenciais por 87,6% dos inquiridos, embora apenas 67,2% tenham acesso a eles. O seguro de saúde é um dos benefícios mais valorizados, com 83,6% dos colaboradores a ter acesso a um plano oferecido pela empresa. No entanto, existe espaço para melhorar em áreas como as stock options, desejadas por 57,3% dos inquiridos, mas ainda pouco acessíveis.

O cartão-refeição também é destacado, abrangendo 90,5% dos inquiridos, sendo que quem recebe o subsídio de alimentação em cartão tende a beneficiar de valores mais elevados.

Apesar dos avanços em diversidade e inclusão, o estudo revela que apenas 12,1% das empresas têm mais de 50% de mulheres em cargos de liderança, enquanto 35,9% das empresas apresentam equipas de liderança compostas por, pelo menos, 75% de homens.

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