Siza Vieira quer empresas a pagarem só juros durante o período de carência e deixa recado sobre discotecas

Siza Vieira admitiu ontem, em entrevista à TVI, e à semelhança do que já tinha dito na sexta-feira durante a apresentação dos planos para reavivar o turismo, que o Estado vai garantir um período de carência às empresas, para que estas possam pagar “juros, mas não capital”.

O Banco de Fomento será o protagonista, dado que será o responsável por assumir a garantia pública desta operação.

“Uma garantia de Estado alivia as exigências aos bancos que emprestaram capital. Ao fazê-lo, estão a permitir que se faça um maior esforço de extensão de maturidades que, nesta altura, nos parece indispensável”, defende Pedro Siza Vieira.

O braço direito de António Costa para a Economia sublinhou, no entanto, que estes não são apoios a fundo perdido e que nada consegue compensar a perda de clientes: “O que o Estado quis fazer foi mitigar o dano e assegurar a possibilidade do potencial produtivo para responder à procura”.

“Em abril, registámos um grande crescimento da atividade económica, incluindo a criação de emprego. Tendemos a pensar que isso tem a ver com o facto de termos protegido o essencial da atividade económica”, sublinhou o ministro, na entrevista concedida à Media Capital.

Questionado sobre quando é que os bares e discotecas podem voltar a abrir as portas, Siza Vieira foi claro: “ainda não temos garantias de quando é que isto pode acontecer”, mas admitiu que é necessária  “uma revisão das medidas restritivas”.

“A partir do momento em que a população de risco está mais protegida, parece-me que faz sentido que os especialistas tenham em consideração as atividades de lazer”, explicou.

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