Situação da Ucrânia na frente de combate com a Rússia “é mais difícil do que esperávamos”, avisa Nato

O secretário-geral da Nato, Jens Stoltenberg, alertou esta quinta-feira que a situação da Ucrânia nas frentes de batalha onde tenta repelir a invasão da Rússia é “mais difícil” do que o que a Aliança Atlântica esperava. Nesse sentido, Stoltenberg pediu que sejam redobrados os apoios a Kiev.

“Temos que perceber que a situação no campo de batalha é difícil. A Rússia não está a planear a paz, mas sim mais guerra”, alertou o responsável, citado pela EFE, em conferência de imprensa após reunir-se com o Presidente da Letónia em Bruxelas.

O facto de Moscovo ter lançado operações ofensivas em volta de cidades ucranianas como Avdiika, dificultando os avanços ucranianos, não deve ser um argumento contra, mas sim “a favor de mais apoio à Ucrânia porque, mais uma vez, não podemos permitir que o Presidente Putin vença”, segundo Stoltenberg.

Ainda assim, Stoltenberg assinalou que a forças ucranianas já conseguiram “alcançar grandes vitórias” e recordou que, no início da guerra que já dura há 20 meses, a maioria acreditava (e temia) que a Ucrânia “entraria em colapso numa questão de semanas” perante a invasão russa.

“Na realidade, aconteceu o oposto e os ucranianos conseguiram repelir as forças russas no norte, leste e sul, e libertaram metade do território”, destacou.

Assim o secretário-geral da Nato pediu aos aliados que “se certifiquem de continuar a prestar apoio à Ucrânia”, para evitar uma derrota que seria “uma tragédia” para os ucranianos, e “muito perigosa” para a Aliança.

Stoltenberg avisou ainda que a Nato “está alerta” e a “monitorizar muito de perto” a situação na fronteira da Finlândia com a Rússia, onde se tem verificado elevado número de refugiados e requerentes de asilo.

“Precisamos de trocar informações, precisamos de ter o melhor conhecimento comum possível da situação e depois tomar as medidas necessárias, se necessário, seja como NATO ou como aliados da NATO ou noutros formatos”, terminou.

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