Sintomas da Covid-19 costumam surgir nesta ordem: preste atenção
Geralmente, o primeiro sintoma de uma pessoa infetada com a Covid-19 é a febre, seguindo-se a tosse e as dores musculares, depois as náuseas e ou os vómitos e, por fim, a diarreia. Esta sequência de sintomas foi agora determinada por um grupo de investigadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC).
Os autores do estudo do ‘Michelson Center for Convergent Bioscience’ da USC defendem que saber a ordem dos sintomas da Covid-19 pode ajudar os pacientes a isolarem-se mais cedo e a procurarem cuidados médicos precocemente.
“Uma vez que agora existem melhores abordagens de tratamento para a Covid-19, identificar os pacientes mais cedo pode reduzir o tempo de hospitalização”, disse Joseph Larsen, principal autor do estudo e professor da USC, em comunicado, citado pela agência ‘Efe’.
A pesquisa destaca ainda que, embora a febre e a tosse sejam frequentemente associadas a muitas doenças respiratórias, incluindo a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda grave (SARS), os sintomas no trato gastrointestinal superior e inferior distinguem quando se trata de pacientes com a Covid-19.
“O trato gastrointestinal superior (náuseas e vómitos) parece ser afetado mais cedo do que o trato gastrointestinal inferior (diarreia) na Covid-19, o que é o oposto da MERS e SARS”, detalham os cientistas.
Assim, estas informações sobre a provável ordem de aparecimento dos sintomas também podem ajudar os médicos a descartar outras doenças ou planear como tratar os pacientes.
“Esta ordem é especialmente importante quando temos ciclos sobrepostos de doenças, como a gripe, que coincidem com infeções por Covid-19”, explicou o professor Peter Kuhn, consultor da pesquisa, citado pelo canal ABC7.
A pesquisa foi baseada nos sintomas de mais de 55 mil casos confirmados de coronavírus recolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A ordem dos sintomas é importante. Saber que cada doença progride de maneira diferente significa que os médicos podem identificar mais cedo se alguém tem probabilidade de ter a Covid-19 ou outra doença, o que pode ajudá-los a tomar melhores decisões sobre o tratamento”, concluiu Larsen.