Sexismo e assédio sexual foram denúncias mais registadas em entidades portuguesas

Sexismo e assédio sexual foram a categoria de denúncia que o canal de denúncias Whistleblower Software mais registou entre as cerca de 250 entidades públicas e privadas portuguesas que implementaram esta plataforma de denúncias.

Até final de 2022, a Whistleblower Software registou 0,3 denúncias por cada 100 colaboradores (que podem ser funcionários, clientes ou fornecedores) das entidades onde implementou a plataforma. Depois da categoria de sexismo/assédio sexual, a fraude, o conflito de interesses, o suborno e o bullying foram as categorias de denúncias mais feitas através do canal de denúncias.

Em comunicado, a empresa sublinha que o diploma sobre os denunciantes entrou em vigor em Portugal a 18 de junho de 2022, e obriga todas as entidades com mais de 50 trabalhadores a terem um canal de denúncias. Em Portugal, a Whistleblower Software “já implementou a plataforma em cerca de 250 entidades públicas e privadas”. Entre elas, estão organizações de diferentes dimensões, de caráter público e privado.

Para Francisca Costa, Country Manager para Portugal do Whistleblower Software, “a maioria das empresas portuguesas só começaram a procurar a plataforma após a data limite da entrada em vigor da legislação porque encaram o compliance como um custo adicional, quando é um investimento que vai melhorar a segurança dos colaboradores”.

A Whistleblower Software é uma empresa da Dinamarca, o primeiro país a transpor a diretiva dos denunciantes, que entrou em Portugal em 2021 para ajudar as empresas a implementar estes canais.

Francisca Costa explica que a plataforma é “intuitiva” quer para o denunciante, quer para as empresas e pessoas envolvidas no processo de gestão da denúncia e é costumizável a cada atividade. “Todos os dados são encriptados e guardados nos nossos servidores e nem nós temos acesso aos dados dos clientes, para garantir a integridade e confidencialidade do denunciante”, explica Francisca Costa.

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