Será o hidrogénio a nova gasolina? UE quer reduzir o seu preço para menos de metade

O hidrogénio está a ganhar destaque como uma alternativa crucial para a transição energética, e a Comissão Europeia está a liderar o caminho com um investimento significativo de 2 mil milhões de euros em projetos relacionados com esta fonte de energia.

Numa entrevista à ‘Euronews’, Rosalinde van der Vlies, Diretora do Clean Planet da divisão de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia, destacou o papel fundamental do hidrogénio na transição energética, apontando a sua capacidade de armazenar energia renovável e substituir combustíveis fósseis em diversos setores.

A responsável explicou que a Comissão Europeia está a investir na produção, transporte e aplicação final do hidrogénio, com o objetivo de reduzir o seu preço e promover o desenvolvimento de formação técnica entre os trabalhadores europeus.

Atualmente, o hidrogénio verde custa entre 6 e 9 euros por quilo, mas a Comissão Europeia pretende reduzir esse preço para 1 ou 2 euros através do seu plano de investimento e desenvolvimento de competências técnicas. A criação de uma academia de hidrogénio é parte desse esforço, visando capacitar os Estados Membros da UE para lidar com esse vetor energético de forma eficaz.

A ‘Euronews’ deu destaque ao projeto da Escola Técnica Secundária Meucci, em Itália, que se tornou pioneira na implementação de tecnologias de hidrogénio verde para aquecimento. A escola inaugurou a primeira caldeira movida a hidrogénio da União Europeia em 20 de janeiro de 2023, como parte do projeto IdrogeMO, apoiado pela Província de Modena.

A caldeira, desenvolvida pela empresa Coopservice, utiliza energia solar para produzir hidrogénio limpo por eletrólise. Embora atualmente opere com uma mistura de 30% de hidrogénio e 70% de metano, a caldeira foi projetada para eventualmente operar totalmente com hidrogénio renovável.

O investimento total para o projeto foi de 350.000 euros, com a expectativa de reduzir as emissões de CO2 em 717 toneladas por ano.

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