Semana da Poupança: Sabe como gerir bem o seu dinheiro? Não descure as finanças pessoais

O Dia Mundial da Poupança assinala-se a 31 de outubro, e neste contexto, celebramos a “Semana da Poupança”, abordando um conjunto de temas relevantes neste capítulo.

O objetivo deste dia é consciencializar as pessoas acerca da necessidade de poupar, bem como da sua importância em resposta a dificuldades financeiras.

Os orçamentos de finanças pessoais já fazem parte das tarefas das famílias portuguesas. Cada vez mais, os portugueses fazem este planeamento mensalmente, conseguindo tomar decisões de forma mais consciente e benéfica para as suas finanças pessoais e, claro, poupar algum dinheiro.

O exercício de fazer um orçamento mensal é muito importante, pois, desta forma, consegue visualizar as suas contas pessoais (quer sejam domésticas ou de outro tipo), ver a evolução das suas finanças pessoais e terá, então, mais facilidade em perceber em que está a gastar mais e em que deve poupar. Atente às seguintes dicas da ComparaJá.pt.

Um orçamento pode salvar as suas finanças pessoais

Ao saber exatamente qual o montante que tem disponível e quanto pode gastar, será mais capaz de evitar uma situação de saldo negativo (quando os rendimentos não cobrem o total das despesas). A verdade é que o saldo bancário de cada pessoa não é estático, sendo que muitas vezes acontecem situações imprevisíveis, como um problema no motor do carro ou o filtro novo que precisa para a máquina de lavar a loiça.

Com um orçamento mensal saberá em que poupar e quais os gastos que tem em bens supérfluos, ou seja, todos os que não pertencem aos bens e consumos necessários, e, desta forma, conseguirá fazer face a surpresas mais dispendiosas.

Este processo consiste, então, em mapear todos os custos e despesas que tem, bem como todos os rendimentos que ganha.

Despesas

Para compreender como funcionam as suas finanças pessoais, o seu orçamento deve sempre incluir dois tipos de custos. Os primeiros são os custos necessários e até mesmo obrigatórios para o nosso dia-a-dia, aqueles que tem mesmo de pagar mensalmente ou que sabe que irá pagar numa dada altura do ano, como é o caso do pagamento das prestações do crédito à habitação, do seguro do seu automóvel ou da anuidade do seu cartão de crédito.

Os outros custos são mais variáveis. Em alguns casos, sabe que eventualmente irá despender esse dinheiro, como é o caso das férias ou do vestuário, outros são imprevistos que acontecem, como a compra de novos eletrodomésticos devido a problemas que surgiram nos antigos.

Vejamos alguns exemplos de gastos:

Custos
Custos fixos (regulares) Custos variáveis (esporádicos)
Alimentação Vestuário
Saúde (seguro ou medicação) Eletrodomésticos / tecnologia
Mobilidade (transportes, combustíveis) Lazer (atividades culturais, desportivas, etc.)
Contas da casa (água, gáseletricidade e pacote TV, Net e Voz) Prendas e donativos
Renda da habitação Férias
Créditos (à habitação, pessoal, caso existam) Formação
Impostos (IMI, Imposto Único de Circulação) Vícios (tabaco, jogos de sorte, etc.)
Seguros (automóvel e habitação) Estética e bem-estar
Custos com cartão de crédito (anuidade e outras comissões)

Outra despesa que depende das possibilidades e prioridades de cada indivíduo é relativa a poupanças para investimento. Este tipo de despesa varia consoante as finanças pessoais de cada um e conforme a necessidade (ou possibilidade) de cada um de poupar mensalmente.

Rendimentos

A parte positiva do orçamento reside, sem dúvida, nos rendimentos que a família tem todos os meses. Estes provêm de várias fontes e algumas destas receitas são:

  • Salários;
  • Subsídios (de férias e de Natal);
  • Prémios;
  • Juros / rendimentos de capitais;
  • Dividendos;
  • Donativos e prendas.

Naturalmente que existem sempre mais fontes de despesas do que de rendimento. Daí ser tão importante a necessidade de organizar as finanças pessoais, para que não se gaste mais do que se obtém todos os meses e para que não se entre em incumprimento e, consequentemente, numa bola de neve de endividamento.

Ao planear as suas finanças pessoais e ao analisar detalhadamente as despesas e os rendimentos, conseguirá antecipar-se face a custos necessários, mas também a despesas inesperadas. Com uma maior consciencialização das suas finanças pessoais, consegue ainda perceber quanto conseguirá poupar por mês.

Desta forma, é importante ter em atenção diversos fatores. Será que o seu cartão de crédito é o melhor para si ou está a pagar demasiadas comissões? Se tem muitos créditos, que lhe pesam todos os meses na conta bancária, porque não consolidar num só? E já ponderou ter um pacote TV, Net, Voz para ficar apenas com uma fatura e cujos valores mensais, por norma, ficam mais reduzidos?

Monitorize as suas despesas mais facilmente com tecnologia

As tecnologias são, de facto, extremamente úteis para o nosso dia-a-dia. Existe atualmente uma grande diversidade de aplicações para smartphones, sejam Android ou iOS, que possibilitam a monitorização das suas finanças pessoais ao longo do mês.

O Boonzi é uma aplicação portuguesa que tem um grande ponto forte: permite importar diretamente o seu extrato bancário para o telemóvel, organiza as transações em categorias e, por fim, emite relatórios que o ajudam a perceber onde pode poupar. Embora seja uma ferramenta paga, pode experimentar gratuitamente durante 30 dias.

Já o Toshl Finance permite inserir mais do que uma fonte de rendimento mensal. É uma app muito personalizável e ainda tem a possibilidade de criar relatórios que posteriormente pode exportar. Esta ferramenta cria dois tipos de orçamentos: um mensal que detém todas as despesas e outro para categorias específicas, permitindo maximizar a poupança. Por fim, esta aplicação sincroniza com diversos dispositivos, desde tablet a computador e smartphone, para que possa, a qualquer momento, monitorizar as suas finanças pessoais.

Outra sugestão é a Be My Wallet. Esta aplicação avalia os padrões e as tendências de despesas semanais e mensais, com o objetivo de permitir uma poupança cada vez maior ao utilizador. Este só precisa de definir um orçamento de poupança e de organizar os gastos por categorias, a app faz o resto.

São inúmeras as aplicações que permitem controlar as finanças pessoais, por forma a ser capaz de poupar algum dinheiro no final do mês. Outras sugestões são o Mint, Budgetpulse, Buxfer ou o Organizze.

Os programas, por norma, ainda disponibilizam algumas dicas financeiras para ajudar nesta gestão financeira e ainda para investimento responsável do seu dinheiro. Ao utilizar estas apps, consegue, de forma simples e rápida, contabilizar, organizar e planear as suas despesas e os seus rendimentos.

Caso não seja muito adepto destas tecnologias, pode sempre fazer este processo de forma manual, utilizando uma folha de cálculo. Não é, de todo, o mais cómodo e rápido, mas certamente será eficaz quando se trata de poupar e gerir da melhor forma as suas finanças pessoais.

Seja qual for o seu método preferido, deverá habituar-se a realizar esta tarefa. Consegue poupar e, também, fazer prospeções para os meses seguintes. Assim, saberá quando deve pagar o seguro do seu carro, por exemplo, e poderá poupar dinheiro até lá.

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