Seguros: Custos com sinistros aumentam 32,5% no primeiro trimestre
Os custos com sinistros no primeiro trimestre deste ano registaram um aumento de 20,4%, em resultado do acréscimo de 32,5% no ramo Vida, segundo um relatório de evolução da atividade seguradora hoje divulgado.
De acordo com o relatório da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal aumentou cerca de 5,4% face ao trimestre homólogo de 2020.
Esta evolução reflete um crescimento de 9,4% no ramo Vida e 2,4% nos ramos Não Vida.
Segundo o documento, em março de 2021, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF totalizou 50,6 mil milhões de euros, representando um decréscimo de 1,5% face ao final do ano anterior.
No mesmo período, as provisões técnicas, cujo valor foi de 42,7 mil milhões de euros, apresentaram um decréscimo de 3%.
O rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade (VaR 99,5%, um ano) e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 192%, refletindo um decréscimo de um ponto percentual face ao final de 2020.
No mesmo período, refere o relatório, o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 565%, refletindo um aumento de 27 pontos percentuais, face ao final do ano anterior.
Já no que se refere aos Fundos de Pensões, o relatório de evolução da atividade no primeiro trimestre de 2021 revela que no final de março de 2021, os montantes geridos registaram um crescimento de 1,4% em relação ao final de 2020, totalizando cerca de 23,4 mil milhões de euros.
As contribuições para os fundos de pensões apresentaram um decréscimo de 18,8%, face ao trimestre homólogo, o que segundo ASF é explicado pela necessidade de ainda no primeiro trimestre de 2020 os associados terem efetuado contribuições extraordinárias para fazer face ao aumento das responsabilidades, resultante da alteração de pressupostos dos planos de benefício definido iniciadas em 2019.
Os benefícios pagos registaram um crescimento de 6,8%.
No mesmo período, o número de fundos de pensões sob gestão passou de 234 para 232, na sequência da extinção de dois fundos de pensões fechados.