Segurança na JMJ: “As principais preocupações” prendem-se com aquilo que não se conseguiu prever, revela ministro

Não foi detetado qualquer indício de riscos ligado ao extremismo, indicou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna: para José Luís Carneiro, “está tudo a postos” para a Jornada Mundial da Juventude. “Tudo o que havia para preparar, está, no essencial, preparado”, reconheceu o responsável, salientando que o que preocupa é “o que não conseguimos prever, que tem a ver com a dinâmica da realidade”, que por vezes, pode ser “mais surpreendente que todas as capacidades de previsão”.

Para o ministro, em declarações à ‘RTP’, até ao momento, “não foi identificado nenhum indicio quer nos planos de cooperação interna quer nos quadros de cooperação internacional”.

“Muito trabalho foi feito, muita preparação nas questões de logística e organização do ponto de vista estratégico e tático, mas é evidente que aquilo que nos preocupa é aquilo que não foi possível de prever – que tem a ver com a dinâmica da própria realidade que acaba sempre por ser a mais surpreendente de todas as capacidade de planeamento e antevisão”, referiu José Luís Carneiro, que salientou haver três níveis fundamentais de risco.

“Por um lado, os riscos que têm a ver com a própria segurança do Papa Francisco – segurança pessoal. Por outro, aquilo que são os riscos dos delitos comuns em fenómenos de grandes aglomerações humanas. Por fim, aqueles que são os riscos associados a extremismos que possam querer dar conta da sua existência”, referiu, salientando o trabalho feito no controlo de fronteiras, com um balanço de “mais de 600 passageiros terrestres, marítimos e aéreos controlados e mais de 100 proibições de entrada nacional”.

Para o ministro, até ao momento, “não foi identificado nenhum indicio quer nos planos de cooperação interna quer nos quadros de cooperação internacional”.