Secas extremas na Europa Central vão multiplicar-se por sete? Sim, se não travarmos o efeito de estufa
É expectável que as secas extremas se tornem muito mais frequentes na Europa Central, prevê uma nova investigação liderada pelo Centro de Investigação Ambiental UFZ-Helmholtz, em Leipzig, na Alemanha. Se as emissões de gases do efeito de estufa continuarem a aumentar consideravelmente, as secas podem acontecer sete vezes mais.
Segundo o estudo publicado no jornal ‘Scientifc Reports’, reduções moderadas nas emissões de dióxido de carbono (CO2) poderiam reduzir para metade a probabilidade de ocorrerem secas.
A área de plantações susceptíveis de serem afectadas pela estiagem também deverá aumentar, prevê a investigação.
Ao comparar com os registos meteorológicos de 1766, e utilizando modelos informáticos de alterações climáticas, os investigadores conseguiram prever que reduções moderadas dos gases com efeito de estufa a partir dos seus níveis actuais reduziriam a área de terra afectada em quase 40%.
A Europa Central sofreu a maior e mais prejudicial seca registada em 2018 e 2019, que teve dois dos três períodos de Verão mais quentes alguma vez registados no continente.
Os verões foram também muito mais secos do que a média, e mais de metade da região sofreu graves condições de seca, avança o ‘The Guardian’, acrescentando que também os rios e os cursos de água secaram, tal como algumas plantações foram arruinadas e os incêndios florestais aumentaram durante estes dois anos de seca extrema.