Seca extrema afeta o Canal do Panamá. Há mais de 200 navios parados à espera para atravessar

O Canal do Panamá, que é uma das principais rotas por mar do comércio mundial, sente os duros efeitos da seca extrema que assola parte do país, que deixaram o curso sem caudal suficiente para funcionar, e levaram à formação de uma fila de cerca de 200 navios a tentar passar.

Como o Canal do Panamá, ao contrário de outros, como o Suez, opera com água doce e não salgada, precisa das chuvas para funcionar.

A diminuição do nível dos lagos que alimentam o canal, causada pela escassez de chuva que afeta o país, tem levado a que, apenas desde a semana passada, já se tenham concentrado perto de 200 embarcações à espera para passar.

Muitas empresas estão já à procura de rota alternativas, que não impliquem a passagem por aquela via.

Devido aos constrangimentos, a empresa que gere o canal prevê uma redução das receitas de cerca de 183 milhões de euros em 2024, devido à redução de tráfego de navios que tem sido obrigada a implementar.

Que efeitos terá na economia?
Os efeitos não serão tão graves como os registados aquando do episódio do bloqueio do Canal do Suez, em 2021, que foram globais. Desta feita, serão os EUA os mais afetados, já que são também os principais utilizadores do canal. No entanto o ‘efeito dominó’ pode revelar-se um desafio para vários setores ainda em recuperação dos efeitos da Covid-19, da guerra na Ucrânia e ainda do caso no Suez.

Para já o Governo do Panamá não tem medidas imediatas para o problema, mas está a estudar a construção de novos reservatórios, dessalinização de água e aplicação de meios tecnológicos mais eficientes.

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