Se a guerra na Ucrânia terminasse hoje, quanto ganharia Putin? Mapas mostram conquistas do exército russo

O plano proposto pelo presidente russo, Vladimir Putin, para um cessar-fogo ao longo da atual linha da frente na Ucrânia foi imediatamente rejeitado em Kiev: se o conflito terminasse hoje, os ucranianos correriam o risco de perder cerca de um quarto do seu território reconhecido internacionalmente, sustentou Volodymyr Zelensky.

A situação da linha de frente é fluída, com estimativas variadas do território ucraniano total controlado pela Rússia – segundo o presidente ucraniano, em fevereiro último, Moscovo detém 26% do território ucraniano, um número que agora será maior, dados os sucessos da ofensiva da Rússia na primavera nos oblasts orientais de Donetsk e Lugansk, e a recente tomada de novos territórios na região nordeste de Kharkiv.

No entanto, de acordo com estimativas independentes feitas no início de 2024, os números são mais baixos, com a maioria a considerar menos de 20% das terras ucranianas detidas pela Rússia, o que representou uma grande redução desde os primeiros dias da guerra e seguiu-se a contraofensivas ucranianas bem-sucedidas a norte de Kiev, em abril de 2022, e em torno de Kharkiv e Kherson, mais tarde nesse mesmo ano.

No entanto, Moscovo ainda detém áreas do leste e do sul do país: as suas tropas estão agora envolvidas numa ofensiva multifacetada que se pensa ter como objetivo completar a captura de quatro regiões ucranianas parcialmente controladas – Donetsk, Lugansk, Zaporizhia e Kherson – que Putin alegou ter anexado em Setembro de 2022.

O Kremlin também ainda detém a Península da Crimeia, que ocupou em 2014, após a Revolução Maidan pró-ocidental: Kiev prometeu libertar essa e todas as outras terras dentro das fronteiras reconhecidas de forma independente em 1991.

Cerca de 11 milhões de ucranianos podem viver sob ocupação, segundo dados das Nações Unidas e da Rússia. Outras estimativas são mais baixas, mas ainda dizem que quase 5 milhões de ucranianos vivem em áreas controladas pela Rússia, e outros milhões foram deportados ilegalmente para a Rússia ou fugiram das suas casas.

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