‘Schengen Militar’: o que é, qual o objetivo e o que muda com o acordo entre Alemanha, Polónia e Países Baixos

A Polónia, Alemanha e Países Baixos assinaram, há uma semana, em Bruxelas, o chamado ‘Schengen Militar’, destinado a facilitar a mobilidade de tropas e o transporte de equipamento pelo território dos três países – vai abrir um corredor de ajuda para a Ucrânia.

É um passo inicial num processo que tem em vista a criação de uma zona militar alargada na Europa, inspirada no espaço Schengen, que teve início em 1985 e que permite a livre circulação de pessoas em 27 países do Velho Continente.

O ‘Schengen Militar’ vai proporcionar à Ucrânia um corredor de assistência, enquanto apoiará, caso seja necessário, o flanco leste da NATO.

A embaixadora dos Países Baixos na Polónia referiu um “corredor militar harmonizado”. “É um sinal de que estamos a apoiar a Ucrânia e, nesse sentido, estamos também a contribuir para defender a Europa.”

Para a Polónia, vizinha da Rússia e Bielorrússia, é importante, desde logo, por razões de segurança, mas também pela relação com a União Europeia.

“Precisamos de uma Schengen militar para movimentar pessoal e material de forma rápida e eficaz: isso tornará a Europa mais forte. Demos um passo importante”, referiu Kajsa Ollongren, ministra da Defesa dos Países Baixos.

A Alemanha, por seu lado, afirmou-se como um centro logístico no centro do Velho Continente, apontando o seu desejo de aumentar as capacidades nacionais de apoio logístico, cuidados de saúde, capacidade de gestão de tráfego e proteção dos aliados durante a sua passagem por território germânico.

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, apelou também aos 27 para aumentarem a sua ambição em termos de mobilidade militar e corrigirem “anos de negligência e subfinanciamento” à luz da ameaça representada pela Rússia.

Borrell salientou ainda o compromisso de reduzir os procedimentos nacionais e permitir a passagem de tropas num máximo de cinco dias, considerando fundamental identificar corredores prioritários no Velho Continente para melhorá-los com investimentos e dotá-los de centros logísticos.

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