Saúde: Ministra começa hoje a negociar com sindicatos de médicos e enfermeiros que chegaram a acordo com o Governo

O Ministério da Saúde, liderado pela ministra Ana Paula Martins, reúne-se hoje com vários sindicatos de médicos e enfermeiros para debater propostas salariais e outras condições laborais. Esta série de reuniões marca um passo significativo no diálogo entre o Governo e os profissionais de saúde, com o objetivo de alcançar melhorias nas condições de trabalho e na tabela salarial, e já depois de vários sindicatos da área terem chegado a acordo com a tutela, pondo (parcialmente) fim a um braço de ferro que se arrastava desde o anterior Governo.

As reuniões decorrem ao longo do dia, com a seguinte agenda:

10:00 – A secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, recebe o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
11:30 – Ana Povo reúne-se com os sindicatos dos Técnicos Superiores de Diagnósticos e Terapêutica.
14:00 – A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, juntamente com Ana Povo, recebe uma delegação de sindicatos de enfermeiros, incluindo o Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE), Sindicato dos Enfermeiros (SE), Sindicato Independente Profissionais Enfermagem (SIPENF), Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR).

Principais Discussões e Acordos
Durante estas reuniões, será debatido o clausulado do Acordo de Trabalho, com especial ênfase nas questões salariais. A ministra Ana Paula Martins sublinhou a importância de responder às reivindicações dos vários grupos profissionais, afirmando que a especificidade das carreiras e das grelhas salariais requer uma abordagem diferenciada para garantir a justiça e a equidade entre todos os profissionais de saúde.

O SITEU, em conjunto com os sindicatos da plataforma sindical do Memorando de Entendimento – Compromisso Pela Enfermagem, destacou antes do encontro a urgência da revisão da tabela salarial. Este sindicato tinha já assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde a 3 de julho, onde ficou estipulado que a proposta de evolução salarial seria apresentada em breve.

O Papel do SIM
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou que não irá aderir à greve convocada pela Federação Nacional para os dias 23 e 24 de julho. Em vez disso, o SIM optou por continuar as negociações com o Ministério da Saúde. O sindicato destacou a necessidade de corrigir e melhorar o SIADAP, o sistema de avaliação de desempenho dos médicos, que pode permitir a progressão na carreira de milhares de médicos. Segundo o SIM, “70% dos médicos nunca foram avaliados”, o que sublinha a importância de alcançar um acordo neste aspeto.

Objetivos e Compromissos
O Ministério da Saúde reafirmou o seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais justo e eficiente para todos os profissionais de saúde. “Estamos a trabalhar em várias medidas para satisfazer as reivindicações apresentadas, procurando sempre o melhor para os profissionais e para os utentes do Serviço Nacional de Saúde”, afirmou Ana Paula Martins.

As reuniões de hoje são vistas como um passo crucial para a melhoria das condições de trabalho no setor da saúde. As negociações continuarão nos próximos meses, com o objetivo de implementar as mudanças acordadas e garantir que as vozes dos profissionais de saúde sejam ouvidas e respeitadas.

O Governo compromete-se a manter um diálogo aberto e contínuo com os sindicatos, garantindo que todas as medidas acordadas sejam implementadas de forma eficaz e atempada. O Ministério da Saúde planeia aida novas reuniões trimestrais para avaliar o progresso das negociações e ajustar as estratégias conforme necessário.

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