Santander, CaixaBank e BBVA colocam à venda 3,5 mil milhões em empréstimos tóxicos

Os empréstimos tóxicos do  Santander, BBVA e CaixaBank somam 61,544 milhões de euros, para os quais reservaram 45 mil milhões em provisões, ou seja, a taxa de cobertura combinada chega a 73,2%.

Enquanto isso, estas entidades têm carteiras de empréstimos à venda por 3,5 mil milhões, de acordo com fontes do mercado, e há compradores regulares deste tipo de ativos, adquirindo-os muito abaixo do valor nominal com o objetivo de recuperar uma parte deles. Entre vários nomes, a Axactor, Cerberus, o fundo canadiano CPPIB, Metric Capital Albatris, KKR ou Lone Star aparecem como os principais interessados neste tipo de negócio.

No BBVA, as carteiras à venda somam 1500 milhões de euros, segundo as fontes consultadas pelo ´Cinco dias`. A entidade cujo CEO é Onur Genç é uma das melhores evoluções exibidas com 14,864 milhões de ativos danificados no final do terceiro trimestre, o que representa uma queda de 1% em relação ao montante do ano passado. As provisões para lidar com estes prejuízos totalizaram 11,895 milhões, que se traduz numa taxa de cobertura de 80%.

No CaixaBank, a carteira de empréstimos chamada Guggenheim ainda está em estado embrionário, mas o objetivo é adicionar empréstimos com um valor nominal de cerca de 500 milhões de euros, segundo fontes financeiras. O banco que liderado pelo CEO Gonzalo Gortázar sofreu um aumento acentuado em saldos duvidosos, que passaram de 8,601 milhões no final de 2020 para 13,634 milhões em 31 de dezembro. A contribuição dos 5,427 milhões da Bankia é o principal responsável.

É comum que carteiras maiores sejam colocadas para um ou mais licitantes, mas há também a possibilidade de transferi-las para os chamados prestadores de serviços, que serão responsáveis por procurar compradores. Aqui, as empresas dedicadas especificamente para se livrarem destes ativos desempenham papéis preponderantes para o negócio.

 

 

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