Eleições: Saiba quais os sectores mais e menos favorecidos nas propostas dos partidos

Com base nesta pergunta, a equipa de analistas da XTB redigiu o “Relatório sobre o impacto das eleições legislativas de 2019 na bolsa”, onde revela quais os sectores que poderão ser mais beneficiados e prejudicados pelas medidas propostas por cada um dos cinco principais partidos que estarão a votos nas legislativas.

PS

No caso das propostas do PS, a Banca surge como o sector favorecido, já que “a introdução de Green Bonds e a implementação de um enquadramento fiscal de induza a criação de produtos financeiros verdes são factores que podem ajudar o sector bancário a beneficiar da tendência de consciencialização ambiental em curso. Por outro lado, as renováveis saem como o sector prejudicado. O programa eleitoral do partido do primeiro-ministro António Costa privilegia a transição energética e a entrada de concorrentes neste mercado, o que irá aumentar a competitividade do sector.

PSD

As propostas do PSD favorecem os sectores do retalho e de serviços financeiros. O partido pretende aumentar o salário mínimo acima dos 700 euros até 2023, no público e no privado, um melhor planeamento de poupança para as famílias e a diminuição do endividamento das empresas, refere a XTB. O resultado poderá ser o aumento do poder de compra e, consequentemente, uma subida das vendas no retalho e serviços financeiros. Também nos sectores prejudicados o destaque vai para as renováveis devido ao aumento da concorrência pela aposta na promoção deste tipo de energia.

BE

As renováveis também estão em destaque no programa do BE, mas neste caso enquanto sector favorecido, a par do eléctrico. “O partido compromete-se até 2030 colocar Portugal nos países sem emissões de carbono para o meio ambiente. Não quer esperar até 2050 como indicado pela União Europeia”, refere a XTB.
O BE mantém a aposta forte nos transportes públicos e na eliminação dos transportes movidos a combustíveis. As petrolíferas e as papeleiras encabeçam os sectores prejudicados, devido aos efeitos poluentes no meio ambiente.

CDS/PP

Entre os sectores favorecidos está a agricultura, já que o CDS/PP pretende atribuir bonificações fiscais aos cidadãos do interior para impedir a sua deslocalização para o litoral e cortar o IRC para as empresas que invistam no interior, área onde a agricultura é o sector que mais prevalece. O sector energético, por outro lado, sai como prejudicado devido à intenção do partido de cortar nos impostos indirectos. «Se houver uma redução nos impostos sobre a energia as empresas ligadas ao ramo poderão ver as suas receitas caírem», indica a equipa de analistas.

CDU – PCP-PEV

As promessas apresentadas pela coligação favorecem os sectores tecnológico e energético, já que a sua estratégia nacional passa por apoiar a economia digital, o progresso na eficiência energética e o aproveitamento dos recursos endógenos. Do lado contrário, os monopólios e oligopólios serão um alvo a abater pela CDU, que pretende aboli-los e penalizar a energia fóssil.

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