Saiba quais os países com os mais altos níveis de crimes cibernéticos do mundo

A Rússia foi apontada como o hotspot mundial do crime cibernético, num novo estudo que classificou as fontes mais significativas de ameaças de crime cibernético – o Índice Mundial de Crimes Cibernéticos foi publicado após três anos de pesquisas realizadas por académicos da Universidade de Oxford e da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW) em Camberra, na Austrália.

A Rússia está no topo da lista como o local com maior ameaça de crimes cibernéticos, de acordo com o índice publicado na revista ‘Plos One’. Seguem-se a Ucrânia, a China, os EUA e a Nigéria. O Reino Unido está em oitavo lugar na lista – apenas um lugar atrás da Coreia do Norte.

As classificações foram definidas com base em dados recolhidos pelos investigadores, que conduziram entrevistas a quase 100 especialistas em crimes cibernéticos de todo o mundo – foi pedido que identificassem as fontes mais significativas dos cinco principais tipos de crimes cibernéticos, classificando os países de acordo com o impacto, o profissionalismo e a competência técnica dos seus criminosos.

Miranda Bruce, autora do estudo, salientou que a pesquisa permitiria que as agências de segurança cibernética se concentrassem nos principais centros do crime cibernático, direcionando e concentrando de forma mais eficaz fundos. “A investigação que sustenta o índice ajudará a remover o véu de anonimato em torno dos criminosos cibernéticos e esperamos que ajude na luta contra a ameaça crescente do crime cibernético com fins lucrativos”, disse.

“Temos agora uma compreensão mais profunda da geografia do crime cibernético e de como diferentes países se especializam em diferentes tipos de crime cibernético. Ao continuar a recolher estes dados, seremos capazes de monitorizar o surgimento de quaisquer novos hotspots e é possível que possam ser feitas intervenções precoces em países em risco, antes mesmo de se desenvolver um problema grave de crime cibernético”, referiu.

Já Jonathan Lusthaus, coautor do estudo, salientou que o índice pode ajudar a esclarecer o que muitas vezes é difícil de rastrear. “Devido à natureza ilícita e anónima das suas atividades, os cibercriminosos não podem ser facilmente encontrados ou pesquisados ​​de forma fiável. Eles estão a esconder-se ativamente’, explicou. “Se se tentar usar dados técnicos para mapear a sua localização, também falhará, pois os cibercriminosos lançam os seus ataques em torno da infraestrutura da Internet em todo o mundo.

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