Saiba o que pode fazer (ainda) para maximizar o reembolso do IRS a receber no próximo ano
O IRS do próximo ano parece (ainda) uma miragem. Mas não é. Infelizmente a grande maioria dos contribuintes portugueses apenas se lembra de poupar no IRS na altura de preencher e entregar a declaração anual de rendimentos, uma vez que é nessa altura que se apercebem que não fizeram descontos suficientes para abater à coleta.
O melhor será começar desde já a fazer “contas à vida” para tentar maximizar o reembolso do Fisco ou reduzir o montante a pagar. Por exemplo, costuma pedir fatura com NIF? Esta é uma dica, mas há outras.
Comece a organizar todas as suas faturas. Verifique se as faturas que pede estão a entrar corretamente no Portal das Finanças e valide todas as que ficam em modo suspenso.
É importante controlar os valores das deduções já contabilizadas pelo fisco, para ficar com uma ideia se os limites já estão esgotados ou se deve reforçar o pedido de faturas até 31 de dezembro (faltam pouco mais de dois meses!).
O esquema de deduções em vigor admite que o imposto possa recuar entre mil e 2500 euros – se o contribuinte conseguir ter despesas suficientes de forma a absorver os máximos permitidos – consoante o escalão de IRS em que estiver incluído.
Apenas os contribuintes que se encontram no primeiro escalão podem deduzir sem qualquer limite. Nas famílias com três ou mais filhos a cargo, os limites são majorados em 5%, por cada um.
Descubra, na tabela abaixo, tudo sobre cada categoria e quais os valores máximos que pode deduzir em cada setor. Veja o que pode usar para poupar no IRS.
Deduções por categoria
Setor | Dedução (%) | Montante máximo (€) por contribuinte | Despesas incluídas |
---|---|---|---|
Saúde | 15% | 1.000€ | – Aquisição de bens e serviços isentos de IVA ou sujeitos à taxa reduzida; – Aquisição de bens e serviços com IVA à taxa normal, desde que devidamente justificados através de receita médica; – Prémios de seguros de saúde ou contribuições pagas a associações mutualistas ou a instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto a prestação de cuidados de saúde. Assim, quem comprou um seguro de saúde, pagou no final do ano 85% do prémio, uma vez que dá para descontar. Não se esqueça que, se gastar mais de mil euros por ano, vai acabar por não poupar tanto. |
Educação | 30% | 800€ | – Creches, jardins de infância, lactários, escolas, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação; – Manuais e livros escolares; – Refeições escolares; – Alojamento a estudantes deslocados. |
Imóveis | 15% | 502€ | – Rendas de imóveis para habitação permanente. |
296€ | – Juros no pagamento de prestações para contratos de crédito habitação assinados antes de 31 de dezembro de 2011. | ||
30% | 500€ | – Reabilitação de imóvel. | |
Lares | 25% | 403,75€ | – Despesas suportadas com lares e residências para pessoas idosas ou com deficiência que tenha a seu cargo. |
Despesas Gerais | 35% | 250€ | – Água, luz, gás, vestuário, supermercados ou combustíveis. |
Planos Poupança Reforma | 20% | 400€ | – Pessoas com idade inferior a 35 anos. |
350€ | – Pessoas com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos inclusive. | ||
300€ | – Pessoas com idade superior a 50 anos. | ||
IVA | 15% | 125€ | – Restauração, hotelaria, cabeleireiros, reparações de automóveis e motociclos. |