Saiba o que acontece quando cai um raio e como nos podemos proteger

Um raio atingiu uma moradia na freguesia da Vila Nova, na ilha terceira, nos Açores, causando 11 feridos, quatro em estado grave. Mas o fenómeno não acontece só em Portugal, com incidentes a serem registados em vários países nos últimos tempos.

Nos EUA, na quinta-feira, em Washington, duas pessoas morreram após serem atingidas por um raio perto da Casa Branca. Na Índia, a vaga de monções causou 49 mortes numa semana, de pessoas atingidas por raios. No Brasil, estas situações também têm sido recorrentes.

À luz destes acontecimentos, importa perceber como é que decorre o processo, que consequências pode ter e como nos podemos proteger. Especialistas, citados pela empresa ‘Earth Networks’, sediada nos Estados Unidos, explicam tudo o que deve saber sobre estes fenómenos.

Como é que um raio nos pode atingir?

Quando pensamos num raio a atingir uma pessoa, imaginamos isso a acontecer diretamente. Embora ataques diretos possam atingir pessoas e até matá-las, essa não é a forma mais comum.

Os relâmpagos indiretos são responsáveis ​​pela maioria das lesões e fatalidades causadas por raios humanos. Existem assim cinco maneiras pelas quais um raio pode atingir uma pessoa.

A primeira é através de um Ataque Direto, a segunda é por Condução ou Flash de Contacto (Indireto), a terceira por Streamers (indiretos), a quarta por Flash Lateral (Indireto) e a última por Corrente de terra (indireta). Aqui pode ver o que significa cada um deles.

O que acontece quando somos atingidos por um raio?

Quando um raio atinge direta ou indiretamente uma pessoa, a carga do raio (300 kV de eletricidade) e o calor (50.000 graus F) podem causar muitos danos.

Os relâmpagos podem causar danos cardiovasculares e neurológicos no corpo humano. Se uma pessoa for atingida por um raio, os efeitos secundários podem ser tão pequenos como uma catarata ou tão graves como a morte.

Há uma infinidade de efeitos secundários de raios, desde físicos, como cicatrizes de Lichtenberg, a mentais, como dificuldade de concentração. Também variam desde problemas de longo prazo, como dor crónica nos nervos; a sintomas tardios, como mudanças de personalidade.

Como é que um raio mata uma pessoa?

Infelizmente, o efeito secundário médico mais sério dos relâmpagos é a morte. O relâmpago mata as pessoas parando os seus corações.

Os relâmpagos têm uma amplitude muito alta de 30kV. São 300 mil amperes de carga elétrica. Os nossos corpos não estão equipados para lidar com tanta carga.

Quando a carga de um relâmpago percorre um coração humano, interrompe a corrente normal e regular do coração que o faz bater. Isso para o coração. Se a vítima não recebe atendimento médico rápido e abrangente, muitas vezes morre de paragem cardiovascular.

O que fazer se alguém for atingido?

Se alguém perto de si for atingido por um raio, a coisa mais importante que pode fazer é agir rapidamente. É importante notar que as vítimas de raios não carregam uma carga elétrica.

Como as vítimas de raios podem ser tocadas com segurança, deve abordá-las imediatamente e obter ajuda médica o mais rápido possível. Ligar para o 112, iniciar manobras de reanimação (se souber), fazer tratamentos de choque (se necessário) e efetuar o acompanhamento, são os passos a seguir.

Como nos proteger dos raios?

Há quatro dicas básicas de proteção: Nunca se abrigar debaixo de uma árvore; evitar estar ao ar livre; ter cuidado com tempestades secas e evitar estar em contacto com a neve, que não é segura.

Os especialistas ouvidos pelo site consideram ainda que há mais duas etapas de proteção. O primeiro passo na prevenção de lesões e fatalidades causadas por raios é entender como os raios se formam. Pode saber mais aqui.

Quanto mais aprender sobre raios, como eles se formam e quando é mais perigoso, mais seguras as pessoas estarão. Ao continuar a aprender sobre raios, começará a entender que não há como proteger pessoas, organizações e infraestrutura sem a tecnologia certa.

Existem muitas ferramentas de segurança contra raios, como mapas meteorológicos, aplicações de raios, buzinas, estroboscópios e alertas especiais, mas estes só funcionam se usarem a deteção total de raios. Aqui pode obter toda a informação sobre esta ferramenta.

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