Sabia que há uma relação entre a cor do seu carro e os quilómetros percorridos?

Embora as cores neutras – como o branco, o cinzento e o preto – dominem o mercado dos veículos em segunda mão, a verdade é que, no mercado português, os automóveis destas cores parecem ser frequentemente usados para deslocações mais longas. O mais recente estudo da ‘carVertical’, empresa de dados do ramo automóvel, realizado em 15 países europeus, entre os quais Portugal, revelou uma correlação entre a cor do automóvel e a sua quilometragem.

Carros prateados fazem mais quilómetros

Entre todos os veículos verificados na ‘carVertical’ em Portugal, os automóveis prateados foram os que registaram a quilometragem média mais elevada: 130.684 km, seguidos dos pretos (127.430 km) e dos brancos (127.289 km).

O prateado é uma das cores mais comuns, sendo utilizado em automóveis de todos os segmentos, desde os modelos do segmento A ou B até aos veículos de luxo mais caros. É também considerada a cor mais prática, utilizada em diversos países com diferentes climas. O preto também representa uma parte significativa do mercado e, embora pouco prático, continua a ser apreciado por todos os tipos de condutores. O branco é prezado pelos condutores portugueses, porque reflete a luz solar e mantém o carro mais fresco.

“Os automóveis a gasóleo são os que fazem mais quilómetros. No entanto, a nossa investigação também permitiu concluir que a cor do veículo tem impacto na sua utilização”, afirma Matas Buzelis, especialista automóvel e diretor de Comunicação da ‘carVertical’.

Os carros vermelhos e azuis têm a quilometragem mais baixa

Os veículos vermelhos têm a quilometragem média mais baixa: 109.561 km. Os veículos azuis (118.900 km) e cinzentos (124.319 km) também percorrem menos quilómetros.

O vermelho é um tom relativamente raro no mundo automóvel, sendo utilizado sobretudo em veículos mais orientados para os entusiastas. É uma escolha apreciada para descapotáveis, carros desportivos, e coupés, mas estes tipos de carros são menos utilizados do que as carrinhas ou os SUV. Noutros países inquiridos, os carros azuis e cinzentos têm maior quilometragem; em Portugal, a situação é oposta.

“Os compradores de automóveis em segunda mão são menos exigentes quanto às cores dos veículos do que as pessoas que compram automóveis novos nos concessionários. Ainda assim, alguns compradores privilegiam a cor do veículo e prestam pouca atenção ao seu estado. Não é a melhor abordagem, porque os veículos em mau estado de conservação podem ter bom aspeto exterior, mas a sua manutenção pode ser dispendiosa. O estado do automóvel e os registos históricos devem ser mais importantes para a decisão do comprador do que a cor ou o aspeto visual”, conclui Buzelis.

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