Sabia que é possível reduzir os juros do cartão de crédito para metade com uma simples chamada para o banco?

Assinalando o Dia Mundial da Poupança, o ComparaJá.pt aproveita para alertar, através de um conjunto de quatro dicas, para uma série de vantagens dos cartões de crédito que permitem otimizar custos e que muitas vezes não são aproveitadas por passarem despercebidas aos portugueses.

É possível fazer uma melhor gestão do seu cartão, reduzir os encargos com o mesmo e até, quiçá, trocar o que tem por outro que porventura seja mais adaptado às suas necessidades.

 Sabia que é possível ganhar viagens ou acumular dinheiro só por usar o cartão de crédito?

 Os cartões de crédito, quando utilizados de forma consciente, têm inúmeras vantagens, nomeadamente a possibilidade de receber parte dos gastos realizados – o chamado cashback.

Os produtos que oferecem esta modalidade creditam, no mês seguinte, na sua conta, entre 1% a 5% daquilo que gastar. As compras de Natal que se aproximam, por exemplo, implicam gastos consideráveis, pelo que beneficiar de um cartão com cashback poderá ser uma oportunidade para obter um desconto adicional constante.

Supondo-se que tem 3% de cashback, um pai mais generoso que esteja a pensar gastar 3 mil euros numa mota para oferecer ao filho, fica imediatamente a ganhar 90 euros, que pode gastar, por exemplo, num capacete.

Existem ainda alguns cartões de crédito que, ao serem usados para comprar equipamentos eletrónicos, por exemplo, ainda oferecem seguros para estes gadgets.

Impossível não mencionar também os cartões com milhas aéreas, que permitem acumular milhas através das compras realizadas com recurso ao cartão e que estão associados aos programas de fidelização das companhias aéreas. Estas milhas funcionam como uma espécie de “pontos” que podem ser trocados por bilhetes de avião ou até, dependendo das companhias, por outros benefícios.

De salientar que as milhas são acumuladas sempre que o consumidor efetua compras com o seu cartão de crédito, mas também quando viaja na companhia aérea associada ao cartão. Depois de acumulada uma determinada quantidade de milhas, passa a ser possível ter acesso a lounges nos aeroportos, fazer upgrades nos voos e ainda dispor gratuitamente de passagens aéreas.

É possível reduzir os juros para metade com uma chamada para o banco

As taxas de juro dos cartões de crédito têm vindo a cair ao longo dos anos, o que significa que o “custo do dinheiro” associado a este método de pagamento teve uma queda de aproximadamente 54% nos últimos quatro anos.

Isto significa que é a altura ideal para rever as condições dos cartões que já tem. É natural que quem já tem um cartão há alguns anos o tenha contratado com uma TAEG (que é a taxa de juro que abrange todos os custos associados ao financiamento com o cartão) muito acima da máxima que é atualmente permitida pelo Banco de Portugal – aliás, muitos são os casos de consumidores cujos cartões de crédito apresentam taxas de juro acima de 20%.

Como reduzir a taxa de juro associada ao cartão? Muitas vezes basta fazer uma chamada para o banco no qual detém o cartão para negociar esta diminuição. Ao comparar todas as soluções oferecidas por várias instituições em Portugal, é fácil depreender que a TAEG dos cartões de crédito atualmente oscila entre os 10% e os 15%, aproximadamente.

Comparar o mercado e analisar as opções existentes é assim crucial para perceber se tem a melhor solução para si ou, se for o caso, para mudar de cartão de crédito. E se isto é válido para um cartão, também o é para outros produtos financeiros, desde o seguro automóvel ao empréstimo da casa, por exemplo. Mudar é sempre uma opção.

Finalmente, importa ainda referir que, não obstante o facto de o seu cartão até já ter uma TAEG competitiva, a melhor forma de recorrer frequentemente a este método de pagamento e simultaneamente poupar ao máximo é a de liquidar sempre a dívida a 100%, ou seja, até ao final do período de isenção de juros.

Tenha atenção ao pagar com o cartão no estrangeiro

Com o Natal a aproximar-se, muitas são as pessoas que viajam para o estrangeiro nesta altura do ano. Quando se viaja, é comum recorrer-se a cartões (multibanco e/ou de crédito) para diversas operações. Porém, nem sempre a carteira agradece, pois, especialmente fora da União Europeia, as comissões que estão implícitas nas transações não são poucas, sendo mais elevadas nos levantamentos a crédito (funcionalidade designada por cash advance).

No entanto, deixamos um conselho: se tiver realmente de recorrer ao cash advance, as comissões e taxas são mais reduzidas se levantar, de uma só vez, um montante mais elevado em vez de fazer vários levantamentos. Isto acontece porque existem valores fixos nos custos associados a estas transações internacionais, que são sempre cobrados independentemente do valor do levantamento.

Se tiver essa possibilidade, mais vale fazer os pagamentos a crédito (pois esta operação tem comissões mais reduzidas) ou fazer apenas levantamentos a débito.

Tenha em mente o seguinte exemplo: para uma compra de 150 euros, se optar por pagá-la a crédito, irá ficar com um custo total de aproximadamente 154 euros. Já se levantar este montante a débito, tal pode custar cerca de 159 euros. Porém, se preferir fazer um levantamento a crédito, o custo já irá ficar em torno dos 164 euros. Naturalmente que estes custos dependem das comissões cobradas pela entidade emissora do seu cartão, mas são valores médios que lhe permitem ter uma noção.

Não duplique custos com seguros – veja os que estão incluídos no seu cartão

A escolha de um cartão de crédito deve recair em diversos fatores que distinguem estes produtos financeiros: as taxas de juro, as comissões cobradas, os seguros incluídos e outros benefícios associados. Em caso de viagem, é importante saber se o seu cartão de crédito porventura detém um seguro de viagem, quais as coberturas do mesmo e como poderá ativá-lo se for necessário.

Em Portugal existem vários cartões de crédito que já incluem este seguro sem custos extra e, normalmente, para ativar esta proteção basta que o consumidor compre os títulos de viagem (bilhetes de avião ou outros) com o cartão de crédito.

Portanto, se o seu cartão já tiver este seguro, não há necessidade de contratar um à parte e consequentemente ter custos duplicados.

Caso não se disponha de um cartão com seguro de viagem ou de um seguro de saúde com cobertura internacional, para evitar despesas com cuidados de saúde numa viagem na Europa importa solicitar o Cartão Europeu de Seguro de Doença na Segurança Social, que é gratuito e confere acesso a cuidados médicos com os mesmos direitos dos cidadãos do país de destino.

 

 

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