Sabia que a bitcoin pode afectar a sua saúde?

Uma bitcoin custa mais do que dinheiro. Também pode ter um impacto significativo na saúde e afectar até o ambiente que nos rodeia.  Um artigo publicado na revista científica Energy Research & Social Science revela que por cada dólar de bitcoin criado nos Estados Unidos da América, no ano passado, registavam-se 48 cêntimos em custos associados à saúde e ao clima. Na China, este número baixava para 37 cêntimos.

O artigo, desenvolvido por académicos da Universidade do Novo México (EUA) e reportado pelo jornal Público, indica que os valores variam consoante a altura do ano. A 31 de Dezembro de 2018, por exemplo, cada dólar em bitcoins nos EUA era sinónimo de um impacto de 95 cêntimos.

As conclusões relativamente ao clima têm por base dados sobre a quantidade de emissões de quatro poluentes (incluindo dióxido de carbono) associadas à produção de electricidade nos EUA e China – recorde-se que o sistema informático que dá vida às bitcoins (entre outras criptomoedas) consome energia eléctrica e que os gastos vão crescendo à medida que a popularidade desta alternativa também aumenta.

Os danos para a saúde, por outro lado, assentam em estimativas relativamente à exposição de pessoas a estes mesmos poluentes – o que permitiu calcular a mortalidade prematura associada.

«Sem um perpétuo aumento de preços, a mineração de moedas pode seguir por um quase inevitável saldo negativo de benefícios sociais, à medida que a energia que usam para minerar aumenta cada vez mais», vincam os investigadores, em declarações reportadas pela mesma publicação.

Como se resolve, então, o problema? Os investigadores sugerem a via fiscal, ainda que esta solução possa ser apenas temporária: basta que os responsáveis pelo processo de geração de moedas mude de país. Outra sugestão envolve investimento público no desenvolvimento de sistemas de blockchain que consumam menos energia.

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