Russos recebem convocatórias militares para irem combater na Ucrânia após serem detidos por homenagear Navalny

Desde a morte de Alexei Navalny, na passada sexta-feira, que em várias cidades russas se têm erguido, num movimento espontâneo, memorias ao opositor de Putin, em que os russos têm colocados cravos vermelhos e rosas brancas, bem como outras flores em homenagem a Navalny. No entanto, que e ‘apanhado’ pela polícia russa, arrisca ser enviado para a guerra na Ucrânia.

Vários homens russos, detidos ou identificados pelas autoridades por colocarem flores nos memoriais a Navalny, estão a ser surpreendidos ao receberem, logo depois, convocatórias militares para se apresentarem para serviços militar e ir combater na “operação militar especial” na Ucrânia.

De acordo com ativistas do grupo Get Lost e de outras organizações, citados pelo jornal independente Meduza, pelo menos seis pessoas de São Petersburgo foram detidas e receberam depois as convocatórias.

O caso mais recente, ocorrido esta terça-feira, é contado na primeira pessoa. Sob anonimato, um jovem de 27 anos revela que foi detido após colocar flores para Navalny num memorial às vitimas da repressão política.

“Prenderam-me quando estava a deixar flores. Fui condenado a três dias de prisão, e deram-me uma convocatória militar antes de sair. Não tenho nem nunca tive registo criminal. Supostamente, tenho que me apresentar num centro de recrutamento antes de 27 de fevereiro”, lamenta.

“As intimações indicam que os detidos deverão comparecer num centro de recrutamento nos próximos dias para verificar as suas informações e inscreverem-se no serviço militar”, indica o canal de Telegram do portal de notícias Rotonda, dando conta de que pelo menos outras cinco pessoas relataram histórias semelhantes.

Segundo dão conta os meios de comunicação russos, estão também a ser enviadas convocatórias militares para as casas das pessoas que ainda se encontram detidas por visitar u memorial ou homenagear Navalny.

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