Rússia reforça o seu escudo antiaéreo devido a ataques ucranianos e alerta os EUA contra a implantação de armas nucleares no Reino Unido

A Rússia garantiu que vai reforçar o seu escudo antiaéreo face aos contínuos ataques ucranianos em território russo. “O volume de produção aumentou consideravelmente. Em relação aos mísseis que necessitamos para sistemas de defesa aérea, teremos um aumento de mais do dobro. Esperamos que ainda neste ano o programa seja totalmente cumprido”, assegurou Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, durante uma visita a várias fábricas de armas nos Urais.

No entanto, o responsável russo alertou ainda os Estados Unidos contra o envio de armas nucleares táticas para o Reino Unido.

De acordo com o ISW (Instituto para o Estudo da Guerra), as autoridades russas bloquearam provisoriamente o serviço de internet nos últimos dias, para afinar os sistemas de defesa aérea no noroeste do país. Entre as regiões afetadas estão Leningrado, Pskov e Novgorod, palco de ataques ucranianos apesar da distância da linha da frente.

Os bloqueios coincidiram também com a visita do presidente russo, Vladimir Putin, a São Petersburgo, cidade que há dias foi palco de um ataque contra um terminal fluvial da empresa de gás Novatek, e ao enclave báltico de Kaliningrado.

Porém, o aviso aos Estados Unidos não foi ignorado: numa mensagem “mais clara e dura possível”, segundo o jornal espanhol ‘El Mundo’, os responsáveis russos avisaram os EUA contra a implantação “desestabilizadora” de armas nucleares táticas no território do Reino Unido, conforme noticiou a imprensa britânica há uns dias.

“Nem a segurança do Reino Unido nem a dos Estados Unidos serão reforçadas por esta medida”, disse Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, que considerou que a intenção não tem “algum tipo de efeito intimidador” para a Rússia – no entanto, a localização, que considerou “totalmente possível”, significaria “um aumento do grau geral de escalada e ameaças na Europa”.

Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, lembrou que os EUA “mantêm armas nucleares em cinco países europeus e instruem os cidadãos desses países na utilização de armas nucleares táticas”. O responsável russo lembrou ainda que a NATO classificou a Rússia como “a sua maior ameaça”, o Kremlin vê a troika nuclear aliada – os Estados Unidos, o Reino Unido e França – como um único arsenal nuclear dirigido contra a Federação Russa”.

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