Rússia proíbe importação de bananas e aconselha cidadãos a plantar o fruto. Conselho está a gerar polémica
O plano de Putin de usar as bananas do Equador como ‘arma’ na sua invasão à Ucrânia não está a colher os efeitos desejados. O Presidente russo proibiu as importações de cinco fornecedores do Equador, devido a um desacordo com o envio de antigas armas soviéticas para a Ucrânia, e já há avisos de que as bananas começarão a faltar nos supermercados russos no prazo de um mês.
Perante os receios de escassez, Oleg Knyazkov, chefe do centro de especialização da indústria do Rosselkhoznadzor, regulador do consumidor da Rússia, disse à agência Gazeta que é aconselhável que os russos comecem a cultivar bananeiras no próprio país, para assegurar que o fruto não falta.
Os comentários, que estão a gerar polémica, seguem-se à decisão de Putin que, no início do mês, suspendeu as importações de banana de cinco empresas equatorianas, justificando-a com a deteção de pragas em carregamentos desta fruta.
Semanas antes, o Equador tinha aceitado uma oferta dos EUA para trocar equipamento militar da era soviética por armas modernas dos EUA, num acordo no valor de 200 milhões de dólares.
O equipamento seria depois enviado à Ucrânia, no âmbito dos esforços de equipar o país par repelir a invasão russa.
O acordo fechado foi visto como uma afronta por Moscovo, com a porta-voz do Ministério dos Negócios estrangeiros, Maria Zakharova, a acusar o Equador de tomar “um decisão imprudente sob séria pressão de partes interessadas externas”.
A Rússia importa 90% das suas bananas do Equador. O responsável do Rosselkhoznadzor adianta que a escassez se espera temporária, já que estão a ser estabelecidas importações parciais a partir da Índia, que ainda enfrentam dificuldades logísticas.
Knyazkov voltou a sublinhar que se deve apostar no cultivo de bananeiras na Rússia, indicando que já houve experiências com sucesso de aclimatação de plantas tropicais na região de Krasnodar.
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