Rússia pretende modificar a sua fronteira marítima no Báltico diante de Kaliningrado: deve a NATO preocupar-se?

As autoridades russas pretendem modificar a sua fronteira no mar Báltico diante da região de Kaliningrado, o que permitiria alterar a linha da fronteira do estado e expandir as águas territoriais frente ao enclave russo.

Assim, o Governo russo, segundo indicado pelo Ministério da Defesa, estabeleceu uma série de coordenadas a partir das quais se pode medir a largura da área adjacente à costa russa.

“Será estabelecido um sistema de linhas de referência anteriormente inexistente na área a sul das ilhas russas, na parte oriental do Golfo da Finlândia, bem como na área da cidade de Baltiysk e da cidade de Zelenogradsk, o que permitiria o uso dessas águas correspondentes como se fossem águas internas da Rússia”, revelou a agência de notícias ‘TASS’.

Nesse sentido, “a fronteira do Estado russo vai mudar devido a uma modificação na posição da fronteira externa do território marítimo”, apontou, salientando que a cartografia será modificada para “garantir a segurança da navegação”.

Recorde-se que com a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, houve uma atenção renovada à situação estratégica no Mar Báltico. Ao aderir à aliança, os dois países escandinavos quase completam o cerco ao Báltico e ajudam a consolidar os esforços de defesa aliados na região. No entanto, a Federação Russa persiste no Báltico e a sua influência continua ameaçadora.

Para a NATO, a defesa de toda a região Báltica permanece interligada com as linhas marítimas de comunicação de, para e dentro do Mar Báltico. Devido à localização periférica da Estónia, Letónia e Lituânia, os reforços que chegam através do mar continuam a ser cruciais para reforçar a sua defesa. A Rússia, por sua vez, depende das mesmas linhas marítimas para partes significativas do seu comércio, transporte e para abastecer o seu enclave báltico, Kaliningrado.

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