Rússia preside ao Conselho de Segurança da ONU em abril: É uma “piada de mau gosto”, diz Kiev

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, salientou, esta quinta-feira nas redes sociais, que a presidência da Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas a começar no dia 1 de abril “é uma piada de mau gosto”.

“A presidência russa do Conselho de Segurança a começar no dia 1 de abril é uma piada de mau gosto. A Rússia usurpou o seu lugar, está a travar uma guerra colonial, o seu líder é um criminoso de guerra procurado pelo Tribunal Penal Internacional por sequestrar crianças”, pode ler-se numa publicação do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano no Twitter.

“O mundo não é um lugar seguro enquanto a Rússia estiver no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, acrescentou.

A presidência do Conselho de Segurança é diferente todos os meses, sendo alterada entre os 15 estados membros.

Ainda que a Rússia assuma pouca influência nas decisões, será responsável por definir a agenda. Contudo, perante a ofensiva militar russa na Ucrânia que teve início a 24 de fevereiro de 2022, o líder do país Volodymyr Zelensky pediu que a nação invasora seja removida do Conselho de Segurança.

A Rússia presidiu o Conselho pela última vez em fevereiro do ano passado, precisamente no mês em que o Kremlin colocou tropas na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais. Para assinalar o aniversário da guerra, os aliados ocidentais da Ucrânia anunciaram o reforço do apoio militar a Kiev.

A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Até agora, este conflito causou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que apesar de não relatar o número de baixas civis e militares, admite que será elevado.

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