Rússia pode destruir os Estados Unidos “numa hora”, gaba-se aliado de Putin

A Rússia seria capaz de destruir os Estados Unidos “numa hora”, indicou uma das principais propagandistas do Kremlin na televisão estatal da Rússia, naquela que foi a mais recente ameaça bélica nos meios de comunicação controlados por Moscovo. “Somos o único país do mundo que pode destruir os Estados Unidos numa hora”, indicou Margarita Simonyan, editora-chefe da emissora estatal russa ‘Russia Today’.

Não são raros os momentos na televisão estatal russa de conteúdos inflamatórios – são várias as referências a um confronto nuclear com os Estados Unidos, um aliado fundamental da Ucrânia.

Em outubro de 2022, pouco depois de a Rússia ter anexado as regiões de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhia, o Kremlin anunciou que os territórios estavam sob o arsenal nuclear de Moscovo – recorde-se que são nestas regiões onde ocorre a maior parte dos confrontos na linha da frente.

Em 2019 – antes do início da invasão da Ucrânia – a televisão estatal russa transmitiu uma lista de instalações militares dos Estados Unidos, garantindo que seriam os alvos de Moscovo em caso de ataque nuclear. Em maio de 2022, um político russo surgiu na televisão russa a garantir que seriam necessários apenas quatro mísseis para destruir as costas leste e oeste dos EUA – um comentador político considerou, em meados de 2023, que os Estados Unidos seriam apanhados “na mira” da guerra na Ucrânia, caso esta se transformasse num conflito nuclear.

O apresentador de televisão estatal Vladimir Solovyov, uma das figuras mais conhecidas dos media apoiados pelo Kremlin, disse no início deste mês que a Rússia deveria atacar a sede da NATO, que tem apoiado o esforço de guerra da Ucrânia.
Em janeiro, o antigo presidente russo e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, salientou que os ataques ucranianos a locais de lançamento de mísseis em território russo com armas fornecidas pelos EUA ou pela NATO poderiam provocar uma resposta nuclear do Kremlin.

A Rússia e os EUA possuem coletivamente cerca de 90% das ogivas mundiais.

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