Rússia já não é vista como ‘perigo número 1’ pelos países do G7: saiba quais são as ameaças mais preocupantes

A Rússia já não é o ‘perigo número 1’ na Alemanha: questões como a imigração e a ameaça do Islão radical ocupam agora o topo das preocupações mais imediatas alemãs do que a ameaça do Kremlin, referiu esta segunda-feira o jornal ‘POLITICO’, que enfatizou o resultado de uma sondagem.

Esta segunda-feira arranca a Conferência de Segurança de Munique, uma reunião de altos funcionários políticos e de defesa, cujo relatório apontou que, embora a Rússia tenha sido considerada a ameaça número 1 na Alemanha no Índice de Segurança de Munique do ano passado, caiu agora para o sétimo lugar no relatório anual.

Embora não tenha sido confirmado, espera-se que o próprio Zelensky compareça – dois anos depois de ter voado para Munique para fazer um apelo desesperado por ajuda internacional na conferência, poucos dias antes do início da invasão da Rússia.

O padrão é replicado em todo o grupo de países do G7 – a ameaça representada pela Rússia foi citada como a principal preocupação em inquéritos realizados no final de 2022 para o Índice de Segurança de Munique de 2023, mas caiu para o quarto lugar geral um ano depois.
As conclusões surgem num momento crucial da guerra, quando a Ucrânia procura reforçar o apoio europeu, à medida que o compromisso dos Estados Unidos com o esforço de guerra vacila devido à contínua oposição republicana no Congresso dos EUA.

A mudança das preocupações é um sinal das prioridades na Europa: a preocupação com a migração em massa e o terrorismo islâmico radical está agora no topo da lista de ameaças na Alemanha – uma reviravolta em relação ao ano anterior.

A ameaça representada pelo terrorismo islâmico radical saltou para o segundo lugar, em comparação com o 16º lugar no ano passado. A migração em massa, que ficou em segundo lugar no ano passado, ocupa agora o primeiro posto.

“Tal como em muitos outros países, o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro parece ter provocado um aumento na preocupação alemã com o terrorismo islâmico radical”, observou o relatório, acrescentando que “a Alemanha tem agora o mais alto nível de preocupação com a migração entre os países pesquisados”.

O inquérito, que entrevistou 12 mil pessoas no outono passado, também forneceu uma visão sombria do pensamento de muitos dos países mais ricos do mundo: grande parte da população dos países do G7 acredita que os seus países estarão menos seguros e ricos dentro de 10 anos, apontou o relatório.