Rússia garante que está a empurrar tropas ucranianas e pretende criar dois exércitos

A Rússia garantiu que as suas tropas estão a rechaçar as forças ucranianas, avançando lentamente após uma contraofensiva ucraniana em 2023 que não conseguiu obter ganhos significativos.

Moscovo controla pouco menos de um quinto da Ucrânia, tendo Vladimir Putin ordenado que o exército avançasse mais depois de terem conquistado a pequena cidade de Avdiivka, no leste da Ucrânia, em fevereiro último.

“Grupos de tropas russas continuam a expulsar o inimigo das suas posições”, garantiu o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, aos generais. “Os Estados Unidos e os seus satélites estão extremamente preocupados com o sucesso das Forças Armadas Russas. O agrupamento combinado de tropas continuará a desenvolver os sucessos alcançados e a aumentar o impacto do fogo real nos alvos inimigos.”

De acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Moscovo vai criar dois exércitos e 30 formações, incluindo 14 divisões e 16 brigadas, na sequência do recrutamento de centenas de milhares de soldados contratados.

Desde a invasão de 2022, a Rússia ocupou 65 mil quilómetros quadrados de território ucraniano, indicou o projeto ‘Russia Matters’ da Harvard Kennedy School.

As dificuldades de Kiev têm sido mais prementes devido à falta de apoio militar do Ocidente: ainda assim, antes das eleições presidenciais na Rússia – entre 15 e 17 de março último -, a Ucrânia intensificou os ataques, bombardeando as regiões fronteiriças russas, atacando refinarias e procurando atravessar a fronteira.

Sergei Shoigu garantiu que a segurança foi reforçada no Governo russo e em outras instalações, assim como as defesas aéreas. Recorde-se que a Rússia abateu 419 drones ucranianos e 67 mísseis durante as eleições. Putin garantiu que a Rússia vai punir a Ucrânia pelos ataques e que poderá criar uma zona tampão em mais território ucraniano como defesa contra os ataques de artilharia fornecida pelo Ocidente. “A principal tarefa é garantir a segurança. Existem diferentes métodos, não são fáceis, mas faremos isso”, disse Putin, numa reunião do Kremlin esta quarta-feira.

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