“Rússia está a jogar um jogo muito perigoso” na central nuclear de Zaporizhia, acusam EUA

A Rússia “está a jogar um jogo muito perigoso” na central nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa e ocupada pelo exército russo desde o início da invasão da Ucrânia, acusou esta terça-feira o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, na sequência das denúncias de Moscovo de um ataque de drone ucraniano perto das instalações nucleares, algo negado por Kiev.

“Estamos cientes dos relatos sobre o ataque de drones à central nuclear de Zaporizhia. A Rússia está a jogar um jogo muito perigoso com a sua aquisição militar da central nuclear ucraniana”, apontou Miller.

O responsável americano garantiu que Washington está a monitorizar a situação tanto através dos seus mecanismos como pelos relatórios oficiais da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que “felizmente indicaram que os danos causados pelo ataque não puseram em perigo a segurança nuclear”.

Por último, pediu mais uma vez à Rússia que retire o seu pessoal militar e civil da central, que deve ser devolvida “totalmente” às autoridades americanas e instou o Kremlin a abster-se de “realizar qualquer ação que possa provocar um incidente nuclear” na central.

Recorde-se que Moscovo relatou vários impactos dentro das instalações da central: o primeiro atingiu com uma carga explosiva perto de uma cantina, enquanto o segundo drone atingiu a doca de carga – um terceiro atingiu o sexto reator da central. O ataque resultou em três trabalhadores feridos.

O diretor-geral da AIEA – Agência Internacional de Energia Atómica -, Rafael Grossi, declarou que os ataques “imprudentes aumentaram significativamente o risco de um acidente nuclear grave e devem parar imediatamente”. “Pela primeira vez desde novembro de 2022, depois de estabelecermos os princípios básicos para evitar um grave acidente nuclear com consequências radiológicas, confirmámos três impactos diretos. Isso não pode acontecer”, alertou Grossi.

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