Rússia desenvolve munições mais letais após estudo dos ‘troféus de guerra’ da NATO capturados na Ucrânia, garantem especialistas

A Rússia está a desenvolver munições mais letais com base no estudo de todos os ‘troféus de guerra’ fabricados pela NATO que recolheu na Ucrânia, informou esta quarta-feira a agência de notícias estatal russa ‘TASS’.

Segundo a publicação, a empresa militar russa Rostec começou a trabalhar na modernização dos tanques da Rússia através de engenharia reversa dos ativos da NATO. “Somos proativos e estamos a criar uma nova linha de munições promissoras com características melhoradas”, referiu Bekhan Ozdoev, funcionário da empresa, acrescentando que o feedback dos soldados russos na Ucrânia também está a ser levado em consideração.

De acordo com o responsável, os esforços das nações ocidentais para desenvolver tanques melhorados para a Ucrânia serão desperdiçados à medida que a Rostec continua a desenvolver melhor tecnologia de defesa.

Em junho de 2023, Moscovo anunciou que havia capturado vários tanques Leopard alemães e veículos de combate de infantaria Bradley fabricados nos EUA na região de Zaporizhya. Foram mesmo mostradas imagens de tropas russas a inspecionar o equipamento ocidental apreendido. No início de 2024, um deputado alemão alertou que os militares ucranianos já estavam à beira de perder todos os seus principais tanques de batalha Leopard 2, uma vez que a maioria deles foram destruídos, capturados ou já não estão operacionais.

No entanto, o relatório sobre a obtenção de tecnologia valiosa a partir dos ‘troféus de guerra’ da NATO para desenvolver munições mais poderosas parece contradizer as declarações recentes de um oficial russo sobre os engenheiros não estarem impressionados com as características dos veículos ocidentais apreendidos, especialmente os Bradleys – de acordo com as autoridades russas, os veículos fabricados nos EUA são “significativamente menores” aos homólogos russos em termos de poder de fogo, mobilidade, manutenção e facilidade de utilização.