Rublo volta a valorizar e aproxima-se do valor registado antes do ataque da Rússia à Ucrânia
O rublo valorizou no quinto dia de negociações na bolsa de Moscovo. As ações também voltaram a recuperar e subiram ao quinto dia após o hiato de um mês.
Com a suspensão causada pelas sauções do Ocidente como consequência do ataque da Rússia à Ucrânia, a bolsa de Moscovo viu-se obrigada a encerrar, mas aos poucos vem recuperando e voltando à normalidade.
Nesta manhã o rublo ganhou 2%, sendo negociado a 92,30 em relação ao euro, tendo tocado brevemente 82,55, o valor mais forte desde 23 de fevereiro.
Já em comparação com o dólar, o rublo foi negociado estava 2% mais forte em relação à moeda norte-americana em 83,50, atingindo 82,55 no início da sessão, um nível visto pela última vez em 25 de fevereiro, que marcou o segundo dia do conflito em solo ucraniano.
De acordo com Natalia Orlova, economista-chefe do banco russo Alfa Bank, o rublo está a ser impulsionado por empresas com foco na exportação que se veem obrifadas a vender moeda estrangeira, bem como pelo pagamento dos impostos que levou a um aumento da procura por rublos, disse à ‘Reuters’. “Isso criou um desequilíbrio no mercado de câmbio. A oferta de moeda estrangeira excede substancialmente a procura e, portanto, leva ao fortalecimento da taxa (do rublo)”, afirmou, sublinhando que prevê que o fortalecimento seja apenas temporário.
O crescimento do rublo pode justificar-se também pelo facto de o Presidente russo Vladimir Putin ter exigido que o gás natural exportado para a Europa ou os Estados Unidos fosse pago na moeda do seu país.
A bolsa russa retomou na passada quinta-feira as suas operações com 33 ações, após um mês de suspensão da atividade devido à incerteza que se seguiu à invasão da Ucrânia, informou o banco central russo.
O índice bolsista russo MOEX anunciou no dia 24 de fevereiro a suspensão de todas as negociações na bolsa até nova ordem, depois de ter sido lançada “uma operação militar especial” na Ucrânia.
Nesse dia, o índice MOEX registou uma queda de 33,28%. Os índices russos registaram ao longo do dia as maiores quedas desde 2016, segundo a agência oficial TASS.