“Risco de cheias e inundações”: Proteção Civil envia (mais um) SMS com alerta de chuva e vento forte nas próximas 36 horas

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu hoje mais um aviso por SMS destinado à população para os distritos da região Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, de modo a informar os cidadãos acerca da situação de risco de cheias e inundações. É o segundo em três dias.

A Proteção Civil recomenda aos cidadãos que se protejam e sigam as indicações das autoridades, disponíveis no site.

 

O agravamento das condições meteorológicas vai ser provocado pela deslocação da depressão Bernard. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para os próximos dias, precipitação, vento e agitação marítima, salientando-se:
− Precipitação em regime de aguaceiros, localmente intensos nas regiões do litoral Norte e Centro, até ao final da manhã deste sábado (21OUT). Agravamento no domingo (22OUT), em especial nas regiões Centro e Sul, a partir da tarde, com aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada.
− Vento com rajadas até 70-80 Km/h, com condições favoráveis à ocorrência de fenómenos extremos de vento.
− Agitação marítima forte, com ondas acima de 7 metros.

Efeitos expectáveis

Com a ocorrência de precipitação intensa, vento forte e agitação marítima, estão normalmente associados:
− A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
− A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
− A instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos,
derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser
potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por
artificialização do solo;
− A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
− O arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de
estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que
podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

Medidas preventivas

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;

− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;

− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;

− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;

− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;

− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

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