Revolut vai contratar 3500 trabalhadores em todo o mundo

A aplicação Revolut, com sede na Grã-Bretanha, contrata 3500 trabalhadores, à medida que se expande para 23 mercados (Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, Singapura, seguido por África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Chile, Colômbia, Coreia, Filipinas, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, México, Taiwan, Tailândia, Ucrânia e Vietname), graças a um novo acordo global com a gigante de pagamentos Visa.

Segundo a Reuters, a Revolut cresce a ritmos vertiginosos desde o seu lançamento em Julho de 2015 e agora conta com mais de 8 milhões de clientes. Este acordo ajuda no processo de expansão nos 23 mercados já referidos, ainda que as prioridades se mantenham nos Estados Unidos da América, Canadá, Singapura e Japão.

A Revolut será lançada noutros mercados latino-americanos e asiáticos no próximo ano, disse à Reuters Nikolay Storonsky, CEO e fundador. “Temos cerca de 1500 pessoas agora e no verão do próximo ano planeamos ter cerca de 5000”, afirmou. A expansão para novos mercados estará sujeita a aprovações regulatórias necessárias. “O acordo não é exclusivo, mas verá pelo menos 75% de todos os cartões Revolut com a marca Visa, e não com rivais como a Mastercard. O impulso global poderá ver a Revolut dobrar ou triplicar os clientes no próximo ano”, disse Storonsky. De referir que, 75% de cartões Visa são para estes mercados de expansão, na Europa o rácio Visa-Mastercard mantém-se 50-50%.

O cliente médio da Revolut possui cerca de 1000 euros na conta, dando um saldo total de depósitos de cerca de 8 mil milhões de euros actualmente, o que comparado com gigantes bancários globais como HSBC e JPMorgan com totais de depósitos de mais de um trilião de euros ainda é pequeno, avança a Reuteurs. Mas, juntamente com os seus pares, a Revolut tem surpreendido bancos históricos por aumentar os jogos digitais, à medida que os clientes se deslocam para Fintechs com as apps mais simples, ferramentas de gestão de dinheiro e ofertas atractivas no câmbio internacional.

De acordo com a Reuters, o rápido crescimento da Revolut nos últimos anos não foi sem soluços. Enfrentou relatos dos media sobre uma cultura de trabalho cruel e perguntas do órgão fiscalizador financeiro da Grã-Bretanha no início deste ano sobre ao seus sistemas de verificação de sanções. A Revolut defendeu-se e disse ter cumprido sempre os requisitos de sanções legais ou regulamentares. A Reuters informou em Setembro que os clientes que foram vítimas de fraude ficaram frustrados com o atendimento ao cliente do banco digital, que demorou a responder e ofereceu apenas conversa na aplicação em vez de uma linha telefónica. “Somos uma empresa diferente do que éramos há dois, três anos, temos aprendido lições”, disse Storonsky sobre estes problemas.






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