Revolut disse “não” a mais gastos com marketing durante a pandemia e aumentou lucro bruto em 215%
A Revolut divulgou hoje o seu Relatório Anual para o ano de 2020.
A base de clientes da Revolut continuou a crescer, atingindo 14,5 milhões de clientes de retalho e 500.000 clientes Revolut Business até ao final do ano passado, apesar da decisão de renunciar aos gastos com marketing durante a pandemia. O forte crescimento no número de clientes pessoais e empresariais, impulsionado pela maior diversidade da oferta e o interesse dos clientes na gestão da vida financeira através de uma plataforma digital ajudou a impulsionar a receita ajustada em 57% ano a ano, para 304,60 milhões de euros no final de 2020, um aumento de 110,87 milhões de euros, face ai ano anterior.
Embora a pandemia tenha reduzido o volume de pagamentos a partir de março, as perdas foram mais do que compensadas pelo crescimento em subscrições, investimentos e negociação e planos corporativos com a Revolut e Revolut Business. A receita ajustada no segundo semestre do ano foi 41% superior à do primeiro semestre.
A empresa continuou o seu caminho rumo à rentabilidade, identificando-se potencial de profitability a longo prazo. O lucro bruto aumentou 215%, de 45,51 milhões de euros em 2019, para 143,55 milhões em 2020. A margem bruta melhorou 24 pontos percentuais – de 25% em 2019, para 49% em 2020. Ambos os indicadores mostraram forte melhoria trimestre a trimestre, com o lucro bruto a melhorar de 18,67 milhões de euros, no primeiro trimestre, para 59,52 milhões de euros, no quarto trimestre e a margem bruta a aumentar de 29% no primeiro trimestre, para 61% no quarto trimestre. Estes resultados permitiram à Revolut alcançar um lucro operacional ajustado em novembro e dezembro de 2020.
Esta combinação de crescimento de receita e melhoria das margens brutas reduziu as perdas operacionais, ajustadas trimestralmente, em 90% – de 64,14 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020, para 7 milhões de euros no quarto trimestre de 2020, o que refletiu o fortalecimento das principais atividades do negócio.
O prejuízo operacional ajustado para o ano inteiro aumentou para 142, 38 milhões de euros. Embora tenha sido feito um controlo dos gastos discricionários, os custos administrativos aumentaram para 310,43 milhões de euros, refletindo o investimento contínuo em crescimento do negócio, incluindo em funções das áreas de Risco, Compliance e Controlo Financeiro. O prejuízo total para o ano aumentou para 196,06 milhões de euros, uma subida ligeira face aos 124,87 milhões de euros, contabilizados no ano de 2019.