Reveladas primeiras imagens do cosmos obtidas pela sonda Einstein Probe
A China divulgou as primeiras imagens obtidas pela sua sonda espacial Einstein Probe, um satélite que oferece uma nova perspetiva sobre fenómenos cósmicos violentos como as colisões de estrelas de neutrões e a atividade dos buracos negros.
As primeiras imagens, divulgadas no Fórum Zhongguancun, em Pequim, mostram vários objetos celestes, incluindo a região central da Via Láctea, o buraco negro supermassivo M87 e restos de supernovas, informou hoje a emissora estatal CCTV.
Entre as onze imagens reveladas, que mostram objetos próximos do centro da Via Láctea, o buraco negro supermaciço M87 e restos de supernovas, destacam-se 17 novos transientes de raios X e 168 erupções estelares.
Lançada em janeiro deste ano, a sonda está equipada com dois telescópios de raios X: um telescópio de campo amplo (WXT) e um telescópio de rastreio (FXT).
📢 Einstein Probe opens its wide eyes to the X-ray sky!
With these first images, the space X-ray telescope zoomed in on a few well-known celestial objects to give us a hint of what the mission is capable of.
Discover them here 👉 https://t.co/9CjJcok3En pic.twitter.com/Fr378ZeUxD
— ESA Science (@esascience) April 27, 2024
Esta combinação permite efetuar observações em grandes áreas, ao mesmo tempo que se concentra em eventos específicos de alta resolução.
“A capacidade (da sonda Einstein) de observar quase todo o céu noturno em cerca de cinco horas com alta sensibilidade torna-a num instrumento ideal para detetar eventos transitórios imprevisíveis de raios X”, disse o cientista de projeto da ESA, Erik Kuulkers, citado pela CCTV.
A Einstein Probe é um projeto de colaboração internacional liderado pela Academia Chinesa de Ciências, com a participação da Agência Espacial Europeia (ESA em inglês), do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre da Alemanha e do Centro Nacional de Estudos Espaciais de França.
Este projeto vem juntar-se às recentes conquistas espaciais da China, que incluem a aterragem da sonda Chang’e 4 no lado mais distante da Lua, a exploração de Marte e a construção da sua própria estação espacial, Tiangong.
A ambição espacial da China continua a crescer, com a possibilidade de Tiangong se tornar na única estação espacial em funcionamento, caso a Estação Espacial Internacional, tal como previsto, seja retirada.