Rentabilidade das empresas em Portugal ficou-se pelos 7,8% em 2019. Comércio lidera retorno
Em 2019, a rendibilidade do ativo (EBITDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das empresas não financeiras foi de 7,8%, valor inferior ao de 2018 em 0,1 pontos percentuais (pp), segundo o Boletim Estatístico e BPstat, divulgado esta quinta-feira, pelo Banco de Portugal.
As estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao quarto trimestre de 2019, mostram ainda que a rendibilidade (ou rentabilidade) das empresas privadas aumentou 0,5 pp no setor do comércio, 0,4 pp no setor da eletricidade, 0,3 pp no setor dos transportes e armazenagem e 0,1 pp no setor da construção.
Os setores das indústrias e das sedes sociais registaram diminuições de 0,6 pp e o setor dos outros serviços de 0,1 pp. As empresas públicas apresentaram uma redução da rendibilidade de 0,5 pp.
Por classe de dimensão, a rendibilidade das PME aumentou 0,3 pp, para 7,1% no final de 2019, enquanto a rendibilidade das grandes empresas decresceu 0,4 pp, para 10,0%.
A autonomia financeira (capital próprio / total do ativo) fixou-se em 38,9%, o que corresponde a um aumento de 1,3 pp face ao final de 2018).
Este aumento foi transversal a todos os setores de atividade económica das empresas privadas, enquanto as empresas públicas diminuíram 0,4 pp relativamente ao registado no final de 2018.
O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo decresceu 0,9 pp, para 33,1%, no quarto trimestre de 2019.
O custo do financiamento (gastos de financiamento / financiamentos obtidos) foi de 3,2%, valor igual ao observado no ano anterior.
Os setores dos transportes e armazenagem e dos outros serviços apresentaram um valor igual ao do ano anterior. Nos restantes setores, o custo do financiamento reduziu 0,1 pp.
O rácio de cobertura de gastos de financiamento (EBITDA / gastos de financiamento) situou-se em 7,4, o que corresponde a um aumento de 0,3 relativamente ao período homólogo.
O comércio registou o maior aumento neste indicador (1,5) posicionando-se em 11,9 no final de 2019. Este valor foi o mais elevado observado para este rácio, o que traduz menores níveis de pressão financeira.