Renováveis criaram mais de 4 mil empregos entre 2010 e 2017

As energias renováveis impulsionaram a criação de cerca de 4 mil postos de trabalho directos, entre 2010 e 2017. A conclusão é da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, segundo a qual o número de empregos indirectos criados ascendeu aos 51 mil, no mesmo período.

A APREN aponta ainda para um investimento industrial superior a 650 milhões de euros e para uma média de cerca de 278 milhões de euros por ano no que diz respeito às exportações de componentes resultantes desse cluster. Olhando para 2017, o último ano de análise, as exportações chegaram perto dos 400 milhões de euros.

De acordo com a associação, o crescimento do sector renovável contribuiu para a redução da dependência energética externa de Portugal, tendo esta ficado pelos 80% em 2017. Uma década antes, havia alcançado os 83%. A APREN destaca outras mudanças positivas: a redução dos custos do equipamento e construção e, ainda, de operação e manutenção; o incremento da potência e eficiência dos novos aerogeradores; e a evolução dos custos de financiamento de projectos.

Até 2030, o sistema electroprodutor em Portugal deverá ter uma capacidade instalada de aproximadamente 30 GW, o que representa um aumento de 15 GW face a 2015. A projecção, presente no PNEC 2030, aponta também para uma incorporação de renováveis de cerca de 80% no total da electricidade consumida.

A produção através do carvão deverá desaparecer ao longo da próxima década (de 1,6 GW para 0 GW), ao passo que a produção fotovoltaica ganhará maior protagonismo (de 0,7 GW para 9 GW).






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