Relações entre Rússia e NATO “caíram para o nível de confronto direto”, acusa Kremlin

As relações entre a Rússia e a NATO desceram para o nível do confronto direto, indicou esta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que acusou alguns países da NATO de estarem envolvidos na guerra na Ucrânia enquanto expande a sua infraestrutura militar em direção às fronteiras da Rússia. “Na verdade, as relações caíram agora para o nível de confronto direto”, indicou

“De facto, a NATO continua a demonstrar a sua essência, porque a NATO foi concebida como uma aliança, configurada, criada e gerida pelos Estados Unidos como um instrumento de confrontação, principalmente no continente europeu”, garantiu Peskov.

“A NATO continua a desempenhar as suas funções a este respeito, o que, no entanto, não contribui de forma alguma para a segurança, previsibilidade e estabilidade no continente, mas, pelo contrário, representa um fator de desestabilização”, frisou.

Também o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, sustentou essa ideia em entrevista ao jornal russo ‘Argumenty i Fakty’: de acordo com o responsável, Washington utiliza a NATO como uma ferramenta para levar a cabo guerras híbridas “para minar e desorganizar o sistema de administração estatal de países que não concordam com a política dos anglo-saxões”.

“Ao mesmo tempo, a aliança não desdenha a utilização de organizações terroristas nos seus interesses”, referiu. A NATO, disse, “tem sido uma fonte de perigo, crises e conflitos durante muitos anos”.