Redução das empresas do PSI pode ter impacto positivo no índice, diz analista

O PSI (Portugal Stock Index) arranca hoje com uma primeira carteira composta por 15 das 19 empresas que integravam o antecessor PSI20. As quatro empresas que integravam o PSI20 e que não farão parte do novo índice são a Novabase, a Pharol, a Ramada e a Ibersol.

A saída de quatro cotadas coloca a bolsa de Lisboa entre as mais pequenas da União Europeia, com 15 empresas, abaixo das 21 que em média integram os índices de referência das praças europeias, refere a BA&N.

Para as empresas já cotadas no índice, esta redução não tem qualquer impacto, explica Henrique Tomé, analista da XTB, acrescentando que se espera que tenha sim impacto no desempenho do próprio índice.

“O índice português é dos índices menos atrativos no espaço europeu, uma vez que o seu desempenho de longo prazo está praticamente estagnado e não oferece nenhum tipo de oportunidades de crescimento”, diz o analista.

Apesar de no curto prazo não se esperarem grandes alterações, esta alteração pode vir a ter algum impacto em termos de volatilidade e “até poderá ser positivo”.

Especificamente sobre as cotadas, estas também podem sofrer um impacto no desempenho de longo prazo, pois os critérios de englobamento das empresas estão a ficar mais rigorosos. Estes critérios vão fazer com que as empresas “apostem mais na inovação e que sejam mais competitivas, enquanto aquelas menos competitivas e que inclusive apresentavam níveis elevados de endividamento deixem de fazer parte do índice, evitando assim comprometer o desempenho do mesmo”.

O analista explica que as empresas que compõem agora a Bolsa de Lisboa são menos endividadas e as que têm realmente crescido ao longo dos últimos anos, registando aumentos dos lucros de forma consistente e sólida.

No seu primeiro dia como carteira de apenas 15 empresas, o PSI seguia, há momentos, a subir 0,1%, com nove das 15 cotadas em alta, lideradas pela Galp Energia.

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