Recondução do Almirante Gouveia e Melo? Ministro da Defesa mantém tabu e recusa comentar o tema

O ministro da Defesa, Nuno Melo, optou por não esclarecer se pretende reconduzir o almirante Gouveia e Melo como Chefe de Estado-Maior da Armada. Ambos estiveram presentes na maior feira de venda de material militar para a marinha, onde o ministro aproveitou para sublinhar a importância de modernizar os Estaleiros do Alfeite, assegurando a continuidade de cerca de 400 postos de trabalho.

Durante o evento, Nuno Melo e Gouveia e Melo mantiveram-se lado a lado, com o almirante em silêncio. Quando questionado diretamente sobre a possível recondução de Gouveia e Melo, o ministro respondeu apenas. “Estou aqui enquanto ministro da Defesa Nacional, e não para tratar de outras agendas. As prioridades que estabelecemos são, para começar, o investimento nas Forças Armadas”, disse aos jornalistas durante o evento.

Nuno Melo frisou que a sua principal responsabilidade enquanto ministro da Defesa é assegurar os investimentos necessários na área, uma dimensão que, segundo o próprio, foi negligenciada durante anos. “A Defesa Nacional foi trazida de novo para a linha da frente das prioridades políticas,” afirmou, reiterando o compromisso de aumentar o investimento. “Isso significa investimento: começámos por investir nas pessoas, mas também há prioridades nos equipamentos,” disse, salientando a meta de atingir 2% do PIB em investimento na Defesa até 2029, abrangendo os três ramos das Forças Armadas.

Ao focar-se na modernização dos Estaleiros do Alfeite, o ministro pretende responder a necessidades estruturais que há muito esperam por soluções, salvaguardando assim os postos de trabalho num setor considerado estratégico. Esta aposta é vista como uma forma de fortalecer a indústria nacional de defesa, promovendo a autonomia e a capacidade de resposta do país em contextos de segurança e defesa.

Ao mesmo tempo, o ministro recusa alimentar as especulações que apontam que Gouveia e Melo poderá estar a ponderar uma candidatura à Presidência da República no futuro, algo que o próprio, há cerca de um mês, disse não “incluir nem excluir” como possibilidade.






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