Reclamações de investidores enviadas à CMVM baixam 8% para 193 até junho

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 193 reclamações de investidores no primeiro semestre, menos 8% face ao período homólogo de 2022, anunciou hoje o regulador.

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 193 reclamações nos primeiros seis meses de 2023, o que representa uma queda de 8% em relação ao período homólogo, revela o Relatório Estatístico sobre Reclamações dos Investidores do primeiro semestre de 2023”, refere o organismo em comunicado hoje divulgado.

A qualidade de informação prestada foi “o assunto do qual se registaram mais reclamações” no período, apesar de uma queda da preponderância em termos homólogos. No final de junho deste ano, estas queixas representavam 34% do total, contra 40% há um ano.

Já o peso das reclamações relativas a execução de ordens aumentou de 20% para 29% e o relativo a comissões e encargos baixou de 15% para 7%.

Por sua vez, o número de reclamações relativas a fundos de investimento baixou “desde o último semestre, embora continue a ser o produto de investimento com o peso mais elevado em matéria de reclamações (46% contra 41% em 2022)”, acrescenta a CMVM.

De acordo com a CMVM, as reclamações recebidas e admitidas para tratamento no regulador “visaram 26 entidades, das quais a maioria (14) registou um aumento do número de reclamações face ao semestre anterior”.

Entre as entidades mais reclamadas no primeiro semestre, estão BCP e Santander Totta, ambos 31 reclamações, seguindo-se a Caixa Geral de Depósitos, com 23 reclamações.

Nos primeiros seis meses do ano foram ainda concluídas 258 reclamações, mais 46% que na segunda metade de 2022 e que as 147 concluídas no período homólogo.

No período, a CMVM concluiu “um conjunto significativo de reclamações iniciadas no semestre anterior, permitindo uma diminuição do número de reclamações em análise no final do período em relação ao final do ano anterior”.

Santander Totta (53), BCP (46) e CGD (33) foram também as entidades reclamadas com mais queixas concluídas entre janeiro e junho.

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