Receber 4,60 euros por mês para as redes sociais usarem os seus dados? Facebook pensou em pagar aos utilizadores

O Facebook, como era conhecido na época, admitiu ter considerado propostas internas sobre compensação aos utilizadores de aplicações como WhatsApp e Instagram. No entanto, essas propostas foram posteriormente rejeitadas, conforme revelado nos documentos apresentados numa ação judicial por acusações de práticas anticoncorrenciais e de monopólio no mercado dos anúncios nas redes sociais.

O caso judicial, movido por um grupo de anunciantes em 2020, alega que a Meta, nome atual da empresa-mãe do Facebook, realizou ações para frustrar rivais, como Snapchat e Google+, mantendo preços artificialmente altos e dominando o mercado de anúncios nas redes sociais’ revela o ‘Business Insider’.

O depoimento de Nicholas Economides, economista e professor da Universidade de Nova Iorque, destaca a avaliação dos dados individuais dos utilizadores do Facebook em pelo menos 5 dólares (4,60 euros) por mês por utilizador. Economides argumenta que, se houvesse mais concorrência, os utilizadores poderiam efetivamente cobrar pela utilização dos seus dados.

A Meta contesta essas alegações, descrevendo o testemunho de Economides como “ciência lixo” e sem “apoio do mundo real”. A empresa argumenta que o caso é legalmente inválido e quer rejeitá-lo antes do julgamento.

Este caso levanta questões importantes sobre o valor dos dados dos utilizadores, a concorrência no mercado das redes sociais e o papel das grandes empresas de tecnologia na economia digital.