Rebeldes Houthis prometem ataques a cada 12 horas no Mar Vermelho e desafiam coligação militar proposta pelos EUA
Os rebeldes dos Houthis do Iémen vão continuar a atacar navios mercantes no Mar Vermelho e ameaçaram mesmo realizar ataques aproximadamente a cada 12 horas.
“Mesmo que os Estados Unidos consigam mobilizar o mundo inteiro, as nossas operações militares não irão parar a menos que os crimes de genocídio em Gaza parem e que alimentos, medicamentos e combustível sejam autorizados a entrar na sua população sitiada, independentemente d os sacrifícios que isso nos custe”, garantiu Mohammed al-Bukhaiti, um alto funcionário Houthi, numa publicação na rede social ‘X’.
“A nossa guerra é moral e não abandonaremos a responsabilidade de defender os oprimidos na Terra”, escreveu.
America should seek to stop the crimes of genocide in Gaza instead of establishing an international coalition to protect its perpetrators.
We advise all countries not to participate in the American coalition because this does not honor them and will be a disgrace in their…
— محمد البخيتي(Mohammed Al-Bukaiti) (@M_N_Albukhaiti) December 18, 2023
“Quanto às operações navais, elas estão em pleno andamento e talvez não passem 12 horas sem uma operação”, disse o porta-voz do grupo, Mohammed Abdelsalam, à ‘Al Jazeera TV’. “Isto não é uma demonstração de força nem um desafio para ninguém””, assegurou, acrescentando que “a aliança formada visa proteger Israel”.
O grupo intensificou os ataques com mísseis e drones que começou no mês passado contra navios internacionais em resposta ao ataque de Israel à Faixa de Gaza. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou uma coligação esta segunda-feira para proteger a travessia no Mar Vermelho, depois de os ataques terem forçado as companhias marítimas a suspender operações.
“Esses ataques imprudentes dos Houthis são um sério problema internacional e exigem uma resposta internacional firme”, frisou Austin, sublinhando que a força militar teria “o objetivo de garantir a liberdade de navegação para todos os países e reforçar a segurança e a prosperidade regional”.
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